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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Risco cardiovascular dos AINEs: hora de traduzir o conhecimento em prática

O uso clínico de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) traz riscos cardiovasculares que adquirem implicações importantes para a saúde pública, colaborando para o aumento da taxas de doenças crônicas em países de baixa e média rendas. As evidências de um estudo internacional realizado por Patricia McGettigan e David Henry e publicado esta semana na revista PLoS Medicine esclarece o risco dos AINEs, levantando questões sobre o uso e a promoção de medicamentos potencialmente perigosos.
Os AINEs são amplamente prescritos para controle da dor em pacientes com osteoartrite e várias outras condições dolorosas. O grande número de medicações neste grupo é dividido em anti-inflamatórios inibidores seletivos da ciclo-oxigenase (COX) e os não seletivos da COX. Esta classificação baseia-se na inibição seletiva da enzima COX-2, que é a principal responsável pela geração de mediadores inflamatórios. O surgimento dos inibidores seletivos da COX-2 na década de 1990 foi muito bem recebido pelos médicos, uma vez que estes medicamentos eram esperados para reduzir os efeitos adversos gastrointestinais associados à inibição da COX-1. No entanto, o entusiasmo diminuiu quando se descobriu que o rofecoxibe (Vioxx), uma molécula precoce e agressivamente comercializada desta classe de medicações causava aumento do risco de eventos cardiovasculares graves. Posteriormente, diversas revisões sistemáticas e meta-análises mostraram que outros AINEs também foram associados a eventos cardiovasculares adversos.
O perfil adverso cardiovascular dos AINEs inclui risco de aterotrombose como infarto do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral, que pode ser fatal. O aumento do risco cardiovascular tem sido observado tanto em pessoas com um risco elevado para doença cardiovascular quanto em indivíduos anteriormente saudáveis, e este risco parece ser dose-dependente. O que é interessante, contudo, é que o aumento do risco cardiovascular tem sido variável com o uso de diferentes moléculas. Além do rofecoxibe, o diclofenaco é o agente mais associado com um aumento do risco de eventos cardiovasculares: um risco de eventos cardiovasculares graves de cerca de 40% a 60% superior em relação à não utilização de AINEs tem sido relatado. Isto é uma taxa equivalente ou possivelmente superior àquela relacionada ao uso do rofecoxibe, agora retirado do mercado. Em contraste com outro AINE tradicional, o naproxeno, que foi observado ser relativamente benigno, com um risco cardiovascular neutro ou muito mais baixo do que o do diclofenaco.
A razão para esta variabilidade do risco cardiovascular entre os AINEs não seletivos não é completamente compreendida, mas uma pesquisa mecanicista sugere que ela poderá estar relacionada à extensão da inibição da COX-2 pelo uso de drogas que não bloqueiam completamente a COX-1. Quanto mais alto o nível de inibição da COX-2 e mais baixo o nível de inibição da COX-1, maior parece ser o risco de eventos cardiovasculares trombóticos como infarto do miocárdio fatal ou não fatal e de acidente vascular cerebral. Isto provavelmente explica o baixo risco cardiovascular do naproxeno, que bloqueia completamente a COX-1 e, portanto, tem efeitos antiagregantes plaquetários que reduzem eventos cardiovasculares. Quando a inibição da COX-1 é incompleta (<95 a2="" a="" ativa="" class="postTip word_cnt_689734_4" das="" h="" o="" para="" span="" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" suficiente="" tromboxano="" xa2="">plaquetas
. A inibição da COX-2 reduz a produção de prostaciclina vasoprotetora (PGI2), uma prostaglandina que protege contra a trombogênese, aterogênese e pressão sanguínea elevada. A inibição da COX-2, juntamente com uma inibição incompleta da COX-1, proporciona um potente estímulo trombogênico alterando o balanço PGI2-TxA2. Embora tanto o diclofenaco quanto o naproxeno sejam não seletivos, as diferenças de inibição da COX-1 e da COX-2 que cada fármaco atinge pode explicar a variabilidade nos seus perfis de risco cardiovascular.

O que os autores acham?
O relatório de McGettigan e Henry mostra novas evidências sobre o uso de AINEs em 15 países representando rendas alta, média e baixa. Eles revisaram publicações sobre os perfis de risco cardiovascular de diferentes AINEs, confirmando que o diclofenaco está associado a um risco significativamente maior do que o do naproxeno. Usando dados do IMS Health 2011, eles descobriram que o diclofenaco teve uma média de vendas três vezes maior (ou de prescrição, no caso da Inglaterra e do Canadá) que a do naproxeno nos 15 países estudados. A preferência pelo diclofenaco sobre o naproxeno foi observada em países de rendas alta, média e baixa, apesar do fato de que ambos os medicamentos já estejam disponíveis em forma genérica por vários anos e as informações relacionadas ao perfil de risco cardiovascular, de que os riscos associados com o diclofenaco supera de longe os do naproxeno, já são conhecidas por quase uma década. Eles observam que o diclofenaco continua a figurar nas listas de medicamentos essenciais de 74 países, enquanto o naproxeno em apenas 27. Seus resultados são impressionantes e sugerem que uma ação imediata é necessária.

Fonte: http://www.news.med.br

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

FDA: uso de codeína em crianças após amigdalectomia e/ou adenoidectomia pode levar a eventos adversos graves ou morte

O Food and Drug Administration (FDA) está revisando relatos a respeito de crianças que desenvolveram efeitos adversos graves ou morreram depois de tomar codeína para alívio da dor após amigdalectomia e/ou adenoidectomia, para tratar a síndrome de apneia obstrutiva do sono. Recentemente, três mortes em crianças e um caso de depressão respiratória grave foram documentados na literatura médica. Essas crianças (com idades entre 2 e 5 anos) apresentaram evidências de uma habilidade herdada (genética) para converter a codeína em morfina em quantidades de risco para a vida. Todas as crianças receberam doses de codeína que estavam dentro daquelas habitualmente recomendadas.
A codeína é um analgésico opiáceo utilizado para tratar a dor leve à moderadamente grave. Também é usada, geralmente em combinação com outros medicamentos, para reduzir a tosse. Ela está disponível como produto com um único ingrediente ou em combinação com paracetamol ou aspirina em alguns medicamentos para gripe e tosse.
Quando a codeína é ingerida, ela é convertida em morfina no fígado por uma enzima chamada citocromo P450 2D6 (CYP2D6). Algumas pessoas têm variações de DNA que tornam esta enzima mais ativa, fazendo com que a codeína seja convertida em morfina mais rápido e completamente do que em outras pessoas. As chamadas "metabolizadoras ultra-rápidas" de substratos das isoenzimas do citocromo P450 2D6 (incluindo codeína) são mais propensas a ter quantidades maiores do que o normal de morfina no sangue depois de tomar codeína. Altos níveis de morfina podem resultar em dificuldade respiratória, que pode ser fatal. Tomar codeína após amigdalectomia e/ou adenoidectomia pode aumentar o risco de problemas respiratórios e morte em crianças que são "metabolizadoras ultra-rápidas." O número estimado de "metabolizadoras ultra-rápidas" é geralmente 1 a 7 por 100 pessoas, mas pode ser tão alto quanto 28 por 100 pessoas em determinados grupos étnicos.
O FDA está realizando uma revisão de segurança da codeína para determinar se há outros casos de superdosagem acidental ou morte em crianças que tomaram codeína e se estes eventos adversos ocorreram durante o tratamento de outros tipos de dor, como dor no pós-operatório de outros tipos de cirurgias ou procedimentos.
Os profissionais de saúde devem estar cientes dos riscos do uso de codeína em crianças, particularmente naquelas que serão submetidas à amigdalectomia e/ou adenoidectomia para tratar a síndrome de apneia obstrutiva do sono. Caso seja necessária a prescrição de medicamentos contendo codeína, a menor dose eficaz durante o menor período de tempo deve ser usada de acordo com a necessidade (ou seja, não deve ser prescrita em intervalos de tempos pré-determinados).
Os pais que observarem sonolência incomum, confusão mental ou respiração difícil ou ruidosa em seus filhos devem parar de dar a codeína à criança e procurar atendimento médico imediatamente, uma vez que estes são sinais de overdose.
Testes aprovados pelo FDA estão disponíveis para a determinação do genótipo de um paciente CYP2D6.


Fonte: http://www.news.med.br/

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