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sexta-feira, 27 de abril de 2012

MAIOR SOBREVIDA DE PACIENTES COM CA COLORETAL QUE INGEREM AAS

Pacientes com câncer de cólon que tomam aspirina regularmente logo após o diagnóstico tendem a viver por mais tempo, pesquisadores da Leiden University Medical Centre, na Holanda, publicado na British Journal of Cancer. 

Os autores explicam que NSAIDs (anti-inflamatórios não hormonais) têm sido conhecidos por ter um papel preventivo no que diz respeito ao cancer colorrecta. Recentemente, alguns estudos e peritos têm sugerido que a aspirina regular pode ter um papel terapêutico também. 

Dr. Gerrit-Jan Liefers e equipe resolveram determinar qual é o efeito terapêutico da aspirina . Eles realizaram um estudo observacional de base populacional. e concluiram: "O uso de aspirina iniciado ou continuado após o diagnóstico de câncer de cólon está associada a um menor risco de mortalidade geral. Estes resultados suportam fortemente início de um ensaio controlado por placebo que investiga o papel da aspirina como tratamento adjuvante em pacientes com câncer de cólon." 

Esta notícia vem um mês depois The Lancet publicou os resultados de três estudos que sugerem que uma dose baixa de aspirina pode ajudar a reduzir risco de câncer em geral.

Fonte: Congressos médicos http://www.congressosmedicos.com.br/noticias-exibir.php?id=2507 - 27/04/2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Flavonoides reduzem o risco de Parkinson

Homens que consomem regularmente alimentos ricos em flavonóides, como as morangos, maçãs, certos vegetais, chá e vinho tinto, podem reduzir significativamente seu risco de desenvolver doença de Parkinson, segundo um estudo publicado na revista Neurology desta semana . 

Os flavonóides são naturais, compostos bioativos presentes em muitos alimentos de origem vegetal e em bebidas. 

Neste estudo, o principal efeito protector parecia vir de uma subclasse de flavonóides conhecidos como antocianinas, que estão presentes em morangos, groselhas e amoras, e outras frutas, vegetais como p exemplo as beringelas. 

A pesquisa foi liderada pelo Dr. Xiang Gao, pesquisador de nutrição da Harvard School of Public Health em os EUA, e Aedin Dr Cassidy, um professor de nutrição da Universidade de East Anglia Escola de Medicina Norwich, no Reino Unido. 

O estudo acrescenta peso à crescente evidência de que o consumo regular de flavonóides pode reduzir o risco para o desenvolvimento de uma ampla gama de doenças humanas, tais como pressão alta, doença cardíaca, demência, alguns tipos de câncer e Parkinson. 

No entanto, é o primeiro a mostrar realmente que os compostos podem proteger os neurónios contra doenças cerebrais como p ex Parkinson, tal como explicado no Cassidy uma instrução: 
 ==========> Este é o primeiro estudo em seres humanos a olhar para as associações entre a presença de flavonóides na dieta e o risco de desenvolver a doença de Parkinson. 

As nossas descobertas sugerem que uma sub-classe de flavonóides chamada antocianinas deve ter efeito neuroprotetor. 

Parkinson é uma doença neurológica, onde a morte de certas células do cérebro significa que não têm dopamina suficiente, o que por sua vez afeta a capacidade de se controlar o movimento corporal, retardando a função executiva. 

A doença é progressiva, piorando com o tempo. 

Não há cura, e muito poucas drogas terapêuticas são eficazes. 

Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados de 49,281 homens que participaram do Estudo de Saúde Acompanhamento Profissional e 80,336 mulheres que participaram no Estudo de Saúde das Enfermeiras. Ambos os grupos são baseados nos EUA. 

Ao longo dos 20 a 22 anos de acompanhamento, 805 dos participantes (438 homens e 367 mulheres), desenvolveram a doença de Parkinson.

Os pesquisadores avaliaram o consumo habitual de alimentos ricos em flavonóides (chá, frutos silvestres, maçãs, vinho tinto, laranjas e suco de laranja), tanto em termos de ingestão de flavonóides, e também em termos de subclasses de flavonóides. 

Eles descobriram que em homens, os participantes no percentil mais alto de ingestão de flavonóides tiveram um risco 40% menor para a doença de Parkinson do que aqueles no percentil mais baixo de flavonóides totais (a taxa de risco, RH, foi de 0,60, com intervalo de confiança de 95%, variando 0,43-0,83, ea tendência p = 0,001). 

Nenhuma relação significativa para tais flavonóides totais foi observada em mulheres (p tendência = 0,62). 

==>Curiosamente, antocianinas e frutos tipo berry(morangos,amoras,framboesas), que são ricos em antocianinas, parecem ser associado com um menor risco de doença de Parkinson em análises combinadas." 

A análise mostrou que os participantes que consumiram a maioria das antocianinas apresentaram um risco 24% menor de desenvolver doença de Parkinson em comparação com aquelas que consumiram menos. 

A fonte mais comum de antocianinas na dieta dos participantes eram morangos e amoras. 

Além disso, "Os participantes que consumiram uma ou mais porções de frutas por semana tiveram cerca de 25 por cento menos chance de desenvolver a doença de Parkinson, em relação aos que não consumiram frutos silvestres", disse Gao.

 ==> Cassidy e seus colegas disseram que não se pode descartar que esses efeitos protetores podem ter vindo de outros compostos, e os resultados devem agora ser confirmadas por outros grandes estudos epidemiológicos e clínicos. 

Congressos Medicos,2012

Estudos mostram como a vitamina D3 ajuda a depurar o amiloide na doença de Alzheimer

Uma equipe de pesquisadores descobriu os mecanismos intracelulares regulados pela vitamina D3, que podem ajudar a depurar o beta-amiloide cerebral, que é a marca da doença de Alzheimer. 

 “Este novo estudo ajudou a esclarecer os principais mecanismos envolvidos, que nos ajudarão a entender melhor a utilidade da vitamina D3 e da curcumina como possíveis terapêuticas para a doença de Alzheimer”, observa o Dr. Milan Fiala, da Escola Médica David Geffen da Universidade da Califórnia em Los Angeles, em uma declaração escrita. 

O estudo também apoia as evidências de que níveis adequados de vitamina D “podem ser um fator essencial na prevenção da doença de Alzheimer”, dizem os pesquisadores. Seu trabalho foi publicado em março no periódico Journal of Alzheimer's Disease.

“As implicações clínicas”, disse o Dr. Fiala ao Medscape Medical News, “são que a vitamina D3 protege o cérebro através do sistema imunológico e que os níveis séricos recomendados de 25-hidroxi-vitamina D3 devem ser mantidos em todas as estações, incluindo o inverno, quando o sol não ajuda a produzir vitamina D na pele.” 

Ele disse que os ensaios clínicos para avaliar o potencial terapêutico da vitamina D3 estão “em curso ou planejados.” 

Revertendo macrófagos na doença de Alzheimer 

A depuração cerebral do beta-amiloide 1-42 (Aβ-42) por macrófagos do sistema imunológico inato é necessária para a manutenção da função cerebral normal. Este processo de fagocitose é deficiente em pacientes com Alzheimer. 

Em estudos prévios em laboratório, o Dr. Fiala e colaboradores identificaram 2 tipos de macrófagos em pacientes com a doença de Alzheimer, os macrófagos tipo I e tipo II. Eles descobriram que a função dos macrófagos tipo I pode ser melhorada pela adição de vitamina D3 e de curcuminoides, uma forma sintética da curcumina, um produto químico encontrado no tempero açafrão. Os macrófagos do tipo II, por outro lado, são melhorados apenas com a adição da vitamina D3. No entanto, o exato mecanismo destes efeitos permanecia obscuro, até agora.  

Macrófagos de pacientes com doença de Alzheimer sem (Figura 1) e com (Figura 2) vitamina D3. Os macrófagos na Figura 2 mostram fagocitose e absorção muito aumentadas de beta-amiloide. (Fonte: UCLA) 

Em seus estudos laboratoriais mais recentes, a equipe isolou macrófagos de amostras de sangue de pacientes com Alzheimer e controles saudáveis. Eles incubaram as células com o beta-amiloide, alguns na presença de vitamina D3 e/ou curcuminoides. 

Os pesquisadores observaram que a vitamina D3 ativa um canal de cloreto específico, o CLC-3, que é importante na depuração do beta-amiloide 1-42 tanto nos macrófagos do tipo I quanto do tipo II. Os curcuminoides só ativaram este canal de cloro fracamente e apenas nos macrófagos tipo I. 

A vitamina D3 também ajuda a desencadear a transcrição genética do canal de cloreto e do receptor de vitamina D3 em macrófagos do tipo II. A fagocitose do beta-amiloide 1-42 mediada pela vitamina D3 em macrófagos do tipo II nos pacientes com Alzheimer é dependente de cálcio e da sinalização pela via da proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK), eles relatam. 

Conclui-se deste trabalho que a vitamina D3 pode “sintonizar novamente os macrófagos de pacientes com doença de Alzheimer a fagocitarem de forma eficiente o beta-amiloide 1-42 solúvel, regulando a função tanto das proteínas extranucleares (ou seja, sinalização não genômica) quanto a expressão gênica (sinalização genômica),” relataram o Dr. Fiala e seus colaboradores. 

Juntamente com os trabalhos de outros pesquisadores, parece que as formas ativas de vitamina D “atenuam os efeitos deletérios do beta-amiloide 1-42 na sinalização celular em neurônios corticais e células do sistema imunológico inato.” Estes resultados amparam a “recente hipótese de que níveis adequados de vitamina D podem ser um fator essencial na prevenção da doença de Alzheimer”, dizem os pesquisadores. 

Estudo “esclarecedor” 
Solicitado a comentar o estudo, David Llewellyn J., PhD, da Escola Médica da Universidade da Península de Exeter, no Reino Unido, disse: “Este estudo esclarecedor reforça a crescente evidência de que a vitamina D pode desempenhar um importante papel neuroprotetor no cérebro humano.” 

Como relatado pelo Medscape Medical News, o Dr. Llewellyn e colaboradores publicaram recentemente evidências da Terceira Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (NHANES III) de que a deficiência de vitamina D está associada a um risco aumentado de perda cognitiva entre americanos idosos. A suplementação nutricional com vitamina D3 também se mostrou protetora contra o declínio cognitivo em idosos.

“Em conjunto”, ele disse, “estas evidências convergentes fornecem argumentos para ensaios de intervenção com o objetivo de prevenir ou tratar a demência.” Ele advertiu, no entanto, que ensaios randomizados e controlados que são desenhados para examinar outros desfechos, tais como doença cardiovascular “podem não fornecer respostas confiáveis.” 

“De fato, é necessária uma abordagem mais ponderada para garantir que uma dose apropriada de vitamina D seja dada a adultos idosos que tenham deficiência de vitamina D e também estejam sob risco de sofrer declínio cognitivo durante um período de acompanhamento que seja relevante para a história natural da demência,” disse o Dr. Llewellyn. 

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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Para entender HPV

Para muitas mulheres o diagnóstico do vírus do papiloma humano (HPV) é um susto, principalmente porque esse vírus é o principal causador do câncer de colo de útero. Mas apesar dessa associação não há motivos para a pessoa se apavorar. Mesmo nos casos de câncer uterino é possível tratar e curar a doença.

Vale destacar que existem mais de 70 tipos de HPV, mas só alguns podem ser oncogênicos, ou seja, causar alterações nas células que resultariam em câncer. Além disso, para o desenvolvimento do câncer são necessários outros fatores, como tabagismo, infecções genitais, deficiência imunológica, carências nutricionais, entre outras. 

Contágio do HPV 
O vírus HPV infecta homens e mulheres, sobretudo em regiões como boca, área genital e ânus. É transmitido principalmente pelo contato sexual e, muitas vezes, a pessoa pode ser portadora assintomática, isto é, ter a doença e não apresentar sintomas. A presença de outras lesões genitais como aquelas causadas por herpes, ou as leucorréias (corrimento vaginal), costuma aumentar as chances de contágio do vírus HPV. 

Outra forma de disseminação do vírus é através da transmissão materna ao recém-nascido. Há casos também em que a pessoa não tem história de contato sexual, o que indica que há outras formas de contágio do HPV ainda não conhecidas. 

Os sintomas mais comuns da infecção por HPV tanto no homem quanto na mulher são os condilomas (verrugas) que aparecem na região genital, e que são facilmente tratados. Na mulher essas lesões podem aparecer dentro da vagina, no colo do útero, no lado externo da vulva, na região do períneo, no ânus, dentro do reto ou no interior da bexiga. Já nos homens podem surgir no pênis ou na região anal. 

Opções de tratamento
Por se tratar de um vírus, o HPV não tem cura. Como a maioria dos vírus, sempre que se desenvolve um remédio supostamente eficaz, ele muda sua estrutura e fica imune à substância. Entretanto, o controle médico, através de consultas periódicas, permite à paciente estar sempre segura e sem o risco de câncer de colo uterino ou lesões mais graves. No caso das verrugas genitais, elas podem ser tratadas de várias formas, seja através de medicamentos ou cauterização química, com o uso de determinadas substâncias, da eletrocauterização ou da criocauterização (cauterização a frio). 

Motivos para não se preocupar com o HPV
As lesões pré-malignas só causarão câncer se não tratadas por muitos anos ou décadas. 

Existe um exame simples, barato, rápido, que não dói e que descobre a infecção pelo HPV muito no seu início, permitindo um tratamento seguro e eficaz. É o preventivo ou Papanicolau, exame que as mulheres devem fazer todo ano justamente para prevenir o câncer de colo uterino. 

Quando é necessário tratamento, durante as lesões iniciais da infecção pelo HPV, são utilizados métodos simples, no consultório, sem dor e que não necessitam de internação, além de bastante seguros e confiáveis. 

Use sempre preservativo, pois você pode ser um portador assintomático e, portanto, disseminar o HPV.

Psoríase em placa

A psoríase em placa é o tipo mais comum de acometimento da doença. A pele se apresenta eritematosa e inflamada, coberta por escamas prateadas. Máculas variando de formato circular a placas eritematosas ovais pruriginosas ou apresentando-se com queimação são típicas desta forma de psoríase. As máculas são geralmente encontradas nos braços, pernas, tronco, ou couro cabeludo, mas podem ser observadas em qualquer parte da pele. As áreas mais típicas são os joelhos e cotovelos.

A psoríase não é contagiosa e pode ser herdada. Fatores ambientais como tabagismo, exposição solar, alcoolismo, e infecção pelo HIV podem afetar a freqüência da psoríase e a duração dos períodos de exacerbação. 

Aproximadamente 1% a 2% das pessoas no Estados Unidos, ou cerca de 5,5 milhões, apresentam psoríase em placa. 

A psoríase afeta crianças e adultos. Homens e mulheres são igualmente acometidos. As mulheres desenvolvem a psoríase em placa mais cedo que os homens. O primeiro pico de ocorrência da doença ocorre em indivíduos com idade entre 16 e 22 anos. O segundo pico ocorre entre 57 e 60 anos. 

A doença pode afetar todas as etnias. Estudos mostraram que um número maior de indivíduos na população da Europa Ocidental e da Escandinávia apresenta psoríase, comparados a outros grupos populacionais. 

Causas da psoríase em placa
Pesquisas indicam que a doença pode resultar de um distúrbio no sistema imunológico. O sistema imune produz leucócitos que protegem o corpo de infecções. Na psoríase, as células T (um tipo de leucócito) desencadeia anormalmente uma inflamação cutânea. Esses linfócitos T também levam a um crescimento mais rápido que o normal das células cutâneas, fazendo com que estas se sobreponham formando lesões na superfície da pele. 

Aqueles que apresentam histórico familiar da doença possuem chance aumentada de desenvolverem esta condição. Alguns indivíduos possuem genes que os tornam mais propensos ao desenvolvimento de psoríase. Quando tanto o pai quanto a mãe têm a doença, a criança pode ter uma probabilidade de 50% de acometimento. Cerca de 1/3 dos indivíduos com psoríase possuem pelo menos um membro da família com a doença. 

Certos fatores podem desencadear a psoríase, como lesão cutânea, exposição solar, estresse, álcool, infecção pelo HIV, tabagismo e determinadas drogas. 

Sintomas da psoríase em placa
Um indivíduo com psoríase em placa geralmente possui manchas eritematosas elevadas e áreas descamativas sobre a pele, que podem ser pruriginosas ou apresentarem queimação. As lesões normalmente se localizam nos joelhos, cotovelos, tronco ou couro cabeludo. Cerca de 9 de 10 indivíduos com psoríase possuem apresentação em placa. 

Os períodos de exacerbação podem durar de semanas a meses. A psoríase desaparece por um tempo e então retorna (crônica). 

Características gerais da descamação cutânea do tipo mais comum de psoríase são: 
  • Placas: as áreas de placas sobre a pele são elevadas. Possuem tamanho variado (de um a vários centímetros) e podem se apresentar de forma isolada ou com vários focos, a qualquer momento. O formato é geralmente oval, mas pode ser irregular. Placas menores podem se fundir com outras áreas formando uma maior região afetada. A pele nestes locais, especialmente quando sobre articulações ou nas palmas ou pés, pode sofrer fissuras e sangrar. Algumas vezes as placas possuem uma área ao redor que se assemelha a um halo ou anel (Anel de Woronoff).


Psoríase em placa com fissuras, que são rachaduras na pele. As fissuras normalmente ocorrem em regiões extensoras (articulações). A pele pode sangrar e é mais suscetível a infecções. 
  • Eritema: a cor da pele afetada é muito característica. O vermelho vivo é normalmente chamado de “coloração salmão”. Algumas vezes a pele pode ter coloração azulada quando a psoríase ocorre nas pernas.



Grave psoríase em placa. Observe a clássica coloração avermelhada e escamas ou placas 

  • Escamas: as escamas são secas, finas e de coloração prateada. A espessura pode variar. Quando removida, a pele subjacente se mostra sensível, vermelha e brilhosa. Essa pele brilhosa normalmente apresenta áreas com sangramento (sinal de Auspitz). 

  •  Simetria: as placas de psoríase tendem a aparecer nos dois lados do corpo, nos mesmos locais. Por exemplo, a psoríase costuma aparecer em ambos os joelhos ou cotovelos ao mesmo tempo.
 Outros sintomas gerais da psoríase em placa são os seguintes:

Couro cabeludo: o couro cabeludo pode apresentar pele seca descamativa ou áreas com placas formando crostas. Algumas vezes a psoríase no couro cabeludo é confundida com dermatite seborréica. Na psoríase seborréica, as escamas parecem oleosas e não secas. 

Unhas: alterações ungueais são normalmente observadas em indivíduos com psoríase em placa. As unhas podem apresentar pequenas indentações, sulcos ou depressões. Podem mostrar descoloração ou estarem separadas do leito ungueal. (Ver Psoríase ungueal). Psoríase em crianças: a psoríase em placa parece um pouco diferente em crianças. Nelas, as placas não são tão espessas e a pele afetada é menos descamativa. A psoríase pode aparecer freqüentemente na região da fralda em lactentes, e em áreas flexoras em crianças. A doença afeta mais comumente a face em crianças do que em adultos. 

Outras regiões: apesar das áreas afetadas mais comuns serem os braços, pernas, dorso e couro cabeludo, a psoríase pode ser encontrada em qualquer parte do corpo. A lesão pode ser observada na genitália ou nádegas, sob as mamas ou sob os braços. Essas áreas podem se apresentar especialmente pruriginosas e com queimação. 

Diagnóstico e tratamento da psoríase em placa
Leia Psoríase, quando buscar ajuda médica para informações sobre quando procurar um médico para esclarecimento de psoríase em placa. A psoríase é tipicamente diagnosticada após o exame físico realizado por um médico ou profissional de saúde. O médico geralmente pode afirmar que a lesão é de psoríase apenas pela observação das pacas sobre a pele. A apresentação típica da psoríase é observada em sintomas de psoríase. 

A biópsia da pele pode confirmar o diagnóstico de psoríase em placa. Contudo, elas geralmente são utilizadas para avaliar casos atípicos ou para excluir outras condições quando o diagnóstico é duvidoso. 

Leia Tratamento de Psoríase para informações sobre cuidados domiciliares, opções de tratamento e medicações. 

Próximos Passos

Acompanhamento
A psoríase em placa é uma doença crônica de caráter intermitente. O acompanhamento depende da gravidade da doença em um dado momento. 

Se um paciente apresenta evidências de artrite psoriásica, é útil uma consulta com um reumatologista (especializado em artrite). 

Prevenção
Evitar fatores ambientais que desencadeiem a psoríase, como tabagismo, exposição solar e estresse, ajudando a prevenir ou minimizar os períodos de exacerbação da doença. A exposição solar pode ajudar em muitos casos, e agravar outros. 

O álcool é considerado um fator de risco de psoríase em homens jovens e até a meia-idade. Deve ser evitado ou minimizado o consumo de álcool no caso dessa doença. 

Restrições ou suplementações dietéticas específicas além de uma nutrição balanceada e adequada não apresentaram importância no tratamento da psoríase em placa. 

Ponto de vista 
A psoríase é mais um inconveniente do que uma ameaça, na maioria dos casos. Contudo, é uma doença crônica e recorrente. O prurido, a descamação e as fissuras cutâneas sobre as articulações podem levar à dor significativa e a problemas de auto-estima. A qualidade de vida do paciente é muito afetada pela psoríase em placa. A inibição e o constrangimento pela aparência, o desconforto e os elevados custos com opções de tratamento afetam a percepção individual dos acometidos pela doença.  

As complicações são relativamente incomuns. Muitas destas estão relacionadas aos tratamentos utilizados. O emprego de esteróides tópicos muito agressivos pode levar a formas graves de psoríase (de placas para pústulas, por exemplo). Os esteróides tópicos não deveriam ser utilizados com curativos, pois podem ocorrer inflamações e edemas. A hipersensibilidade solar é uma manifestação possível de ocorrer com muitas das opções de tratamento (especialmente fototerapia). 

Cerca de 10% de todos os casos de psoríase em placa estão associados à artrite psoriásica. 

Ansiedade, depressão, ou estresse podem agravar os sintomas e aumentar a tendência ao prurido. O metotrexato, PUVA (psoraleno + UVA), ciclosporina, e retinóides orais ajudaram a induzir e manter a remissão em casos graves de psoríase em placa. 

*Grupos de apoio e aconselhamento: A National Psoriasis Foundation fornece apoio aos pacientes com psoríase.

Fonte: Medscape Medcenter http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?id=22076 23/04/2012

Alzheimer x ingestão de Vitaminas

A adição de suplementos de vitaminas antioxidantes, como vitamina E e vitamina C na dieta não parece afetar o líquido cefalorraquidiano (LCR) e os biomarcadores ligados à doença de Alzheimer, de acordo com os resultados de um ensaio clínico randomizado que foi publicado na revista Archives of Neurology, ontem 19 de Março de 2012. 

Fonte: Cérebro corte frontal Alzheimer   23/04/2012 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cerebro_corte_frontal_Alzheimer.jpg


Dr. Douglas R. Galasko, do Departamento de Neuroscience da Universidade da Califórnia, San Diego, e colaboradores descrevem como eles testaram os efeitos de uma combinação de vitamina E, vitamina C e ácido alfa-lipóico (E / C / ALA ) sobre os níveis de biomarcadores no LCR. 

A Doença de Alzheimer é caracterizada por uma abundância de placas de proteína beta-amilóide que obstruem os espaços entre as células cerebrais obstruindo o interior das células cerebrais. Certas proteínas no fluido espinal dizem respeito a este amilóide e servem como biomarcadores confiáveis para a doença. 

Reações metabólicas no corpo a produzir radicais livres interagem com outras moléculas para provocar danos oxidativos a proteínas, membranas e genes. Isto influencia o processo de envelhecimento e também está ligada à doenças, incluindo câncer e Alzheimer. 

De fato, o dano oxidativo no cérebro é muito difundido entre as pessoas com doença de Alzheimer. O corpo protege contra o dano oxidativo através da produção de antioxidantes para acabar com os radicais livres. 

Genes, ambiente e estilo de vida (por exemplo, dieta, tabagismo, exercício,) determinam o quão bem ele faz isso. Aumentar a ingestão de antioxidantes pode aumentar a capacidade do organismo de se defender contra danos oxidativos, e Galasko e colegas escrevem que alguns estudos observacionais têm sugerido que uma dieta rica em antioxidantes pode reduzir o risco da doença de Alzheimer, mas ensaios clínicos randomizados mostraram resultados mistos. 

Para seu estudo, Galasko e seus colegas observaram alterações nos biomarcadores dentro do Liquido Cefalo-raquidiano -LCR.

Os pacientes foram colocados em três grupos. Os cientistas estudaram 78 individuos com suspeita de D. de Alzheimer. 

Um grupo tomou 800 UI por dia de vitamina E (alfa-tocoferol), além de 500 mg por dia de vitamina C, mais 900 mg por dia de ácido alfa-lipóico (E / C / ALA). 

Outro grupo tomou 400 mg do popular antioxidante coenzima Q (CoQ) três vezes por dia, enquanto que o terceiro grupo foi dado um placebo. 

66 dos pacientes forneceram amostras de LCR de série que foram adequados para análise e julgamento, que durou 16 semanas.

Os resultados mostraram que as mudanças nos biomarcadores para as proteínas amilóides e tau que estão relacionados a doença de Alzheimer (alfa-beta, tau, e P-tau proteínas) não diferiu entre os três grupos.

O grupo E / C / ALA mostrou uma redução de 19% no biomarcadores de estresse oxidativo como o isoprostano, mas os autores expressaram preocupação com o rápido declínio da função cognitiva neste grupo, conforme a aplicação do Mini teste do Estado Mental (MMSE ).-miniMental. 

(..)"Não está claro se a redução relativamente pequena no LCR nível F2-isoprostano observado neste estudo pode levar a benefícios clínicos em AD. O declínio pontuação mais rápida MMSE levanta uma cautela e indica que o desempenho cognitivo terá de ser avaliado se um longo ensaio clínico seja propostao ", concluem. 

Eles também notar que, embora os resultados sugerem CoQ foi segura e bem tolerada, a ausência de qualquer impacto sobre os biomarcadores do liquor sugeriria que na dose testada neste trilha,a CoQ não afecta o stress oxidativo ou o progresso da neurodegeneração.

 Fonte: Congressos médicos http://www.congressosmedicos.com.br/noticias-exibir.php?id=2502 - 23/04/2012

domingo, 22 de abril de 2012

XVI CONGRESSO MÉDICO AMAZÔNICO

ÚLTIMO DIA DE INSCRIÇÃO

Estudo em coelhos consegue tratar paralisia cerebral

Animais foram tratados assim que nasceram e recuperaram movimentos. Hoje, distúrbio é considerado 'incurável' em humanos.

Um novo tratamento fez com que coelhos nascidos com paralisia cerebral recuperassem uma mobilidade quase normal. A experiência representa um avanço no combate ao distúrbio, que hoje é incurável, e traz esperança aos pacientes humanos. 

O método, parte do campo crescente da nanomedicina, libera um medicamento anti-inflamatório diretamente nas partes comprometidas do cérebro, através de minúsculas moléculas em cascata conhecidas como dendrímeros. 

Filhotes de coelho tratados até seis horas depois do nascimento tiveram uma "melhora dramática na função motora" no quinto dia de vida, disse a autora principal do estudo, Sujatha Kannan, do Instituto Nacional de Saúde Infantil e do Departamento de Pesquisa de Perinatologia e Desenvolvimento Humano dos Estados Unidos.

O estudo foi publicado no jornal científico americano "Science Translational Medicine" desta semana. Os coelhos que nasceram imóveis por causa da paralisia se movimentavam em "níveis quase normais no quinto dia", destacou um artigo que acompanhou o estudo e foi publicado no mesmo periódico pelo pedriatra Sidhartha Tan, de Chicago. 

A droga usada foi uma comumente empregada para tratar pessoas com intoxicação por acetaminofeno (paracetamol), conhecida como N-acetil-L-cistina ou NAC, e foi dada em uma dose 10 vezes menor.

A dose menor foi bem sucedida porque o método de aplicação, que usou a nanotecnologia, facilitou a chegada do medicamento ao cérebro, desativando prontamente a inflamação. 

Intervenção precoce 
Kannan explicou que sua equipe usou coelhos como cobaias porque, assim como os humanos, seus cérebros se desenvolvem parte antes e parte depois do nascimento, enquanto a maioria dos outros animais nascem com suas habilidades motoras já formadas. 

"Uma vantagem disso é que podemos testar tratamentos e olhar para a melhora na função motora usando este tipo de modelo animal", explicou a médica. 

Enquanto especialistas afirmam que levará anos até que se conheça totalmente esta abordagem, a pesquisa demonstra uma prova importante que a intervenção precoce consegue reverter o dano cerebral. 

"A importância deste trabalho é que ele indica que há uma janela no tempo, imediatamente após o nascimento, quando a neuroinflamação pode ser identificada e quando o tratamento com um nanodispositivo pode reverter os efeitos da paralisia cerebral", afirmou o co-autor do estudo, Roberto Romero, obstetra do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano. 

'Incurável' 
A paralisia cerebral afeta cerca de 750 mil crianças e adultos nos Estados Unidos e sua taxa de prevalência é de cerca de 3,3 por mil nascimentos, segundo Romero.

O distúrbio pode causar dificuldades severas em controlar os músculos, incapacidade de caminhar, se movimentar ou engolir. Alguns pacientes também podem sofrer atrasos cognitivios e anormalidades no desenvolvimento. 

Uma das principais causas da paralisia cerebral é o nascimento prematuro, mas a doença não costuma ser diagnosticada antes dos 2 anos. 

"No momento em que fazemos o diagnóstico, há muito pouco que podemos fazer", disse Romero, descrevendo a paralisia cerebral como "uma doença incurável por toda a vida". 

* O artigo original só pode ser lido por assinantes.
Clique AQUI para ler o abstrato no 'Science Translational Medicine'

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ministério da Saúde expandirá produção de células-tronco

Serão investidos R$ 15 milhões na qualificação de oito centros de tecnologia celular e publicação de editais de pesquisa na área 

O Ministério da Saúde vai investir R$ 15 milhões em terapia celular em 2012.A maior parte do recurso – R$ 8 milhões – será voltada para concluir a estruturação de oito Centros de Terapia Celular, que ficarão responsáveis pela produção nacional de pesquisas com células-tronco. Atualmente, grande parte dos insumos utilizados nas pesquisas com células-tronco realizadas no Brasil são importados. Os outros R$ 7 milhões serão aplicados em editais de pesquisa abertos ainda este ano. O anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Padilha, durante a abertura do Encontro com a Comunidade Científica 2012, realizada na noite de segunda-feira e que segue até quarta-feira (18), no Edifício Brasil 21, em Brasília.“O objetivo é incentivar a independência tecnológica do País e proporcionar autonomia produtiva e know how numa das áreas mais inovadoras da saúde”, explicou o ministro.

Com esta ação, o governo quer ampliar o uso da medicina regenerativa na recuperação de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), em tratamentos como regeneração do coração, movimento das articulações, tratamento da esclerose múltipla.

“O know how de produção de suas próprias células-tronco, embrionárias e adultas, vai baratear as pesquisas na área e possibilitar a produção em escala para uso comercial”, explicou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Carlos Gadelha. “A intenção é tornar esses centros aptos a subsidiar hospitais públicos e privados na recuperação de órgãos de pacientes”, afirma o secretário. 

A terapia celular ainda não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina brasileiro, o uso em pacientes só é permitido no âmbito das pesquisas clínicas. A exceção é o uso das células-tronco derivadas da medula óssea humana, que já vêm sendo empregadas com sucesso no tratamento de pacientes com hematológicas, como leucemias e anemias. 

Centros -Os oito Centros de Tecnologia Celular estão localizados em sete municípios do país: três na Universidade de São Paulo na capital paulista (USP-SP), um na USP-Ribeirão, um na Universidade do Rio Grande do Sul, um na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-Paraná), em Curitiba, um no Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro e um no Hospital San Rafael, em Salvador (BA). 

Três deles já estão em atividade – o de Curitiba, o de Salvador e o de Ribeirão Preto –, com recursos do Ministério da Saúde. Os outros cinco estão em fase de construção. O mais avançado é o da PUC-Paraná, que tem pesquisas concluídas, já produz células-tronco adultas e aguarda autorização da Anvisa para ampliarem a produção para escala comercial. Já deu suporte a cinco pesquisas clínicas envolvendo 80 pacientes cardíacos. Alguns dos pacientes voluntários nas pesquisas do centro da PUC-Paraná tinham anginas intratáveis que lhes impossibilitavam de fazer qualquer esforço físico, mas, com o tratamento, tiveram seus corações recuperados e hoje têm vida normal, com prática constante de atividade física. O centro já começou a produzir célula-tronco para uso em cartilagem, os chamados condrócitos, e aguarda liberação do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para realizar pesquisas envolvendo a regeneração de articulações de joelho e do quadril. 

A USP Ribeirão Preto está desenvolvendo pesquisas na área de diabetes. No Hospital San Rafael, em Salvador, os estudos são em traumatismo de medula óssea e fígado. 

Os centros começaram a ser criados em 2008, quando o Ministério da Saúde criou, em parceria com Finep, BNDES e CNPq, a Rede Nacional de Terapia Celular, constituída por 52 grupos de pesquisadores envolvidos em estudos principalmente de tratamento de doenças autoimunes, como diabetes, esclerose múltipla e traumatismo de medula. Esta foi uma iniciativa inédita em termos de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico na área da medicina regenerativa em todo o mundo. 

Evento - O Encontro com a Comunidade Científica 2012 reúne cerca de 600 pesquisadores de todo o país. O investimento tem terapia celular faz parte de um pacote de investimentos de R$ 165 milhões em pesquisas em 2012. Serão publicados seis editais em diferentes áreas. Os demais recursos vão para doenças negligenciadas, pesquisa clínica, avaliação de tecnologias, coortes e gestão do trabalho e educação em saúde. 

Últimas vagas para o VII Seminário Nacional Médico/Mídia

Restam poucas vagas para quem quer participar do VII Seminário Nacional Médico/Mídia, que a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) realizam nesta nesta quinta e sexta-feira (19 e 20 ), na sede do Sindicato dos Médicos de São Paulo. As inscrições são gratuitas e ainda podem ser feitas através do formulário de inscrição, ou pelo telefone (21) 9144-3323 , das 10h às 18 horas, de segunda a sexta-feira, na Coordenadoria de Comunicação, com a jornalista Denise Teixeira. 

Será a sétima edição do evento, que já se transformou em referência para profissionais e estudantes e que visa estimular o debate sobre comunicação e saúde. Este ano, o evento apresenta uma novidade: pela primeira vez, desde que teve início, o seminário não será realizado no Rio de Janeiro, mas, sim, em São Paulo, na sede do Sindicato dos Médicos do Estado (Simesp). 

Outra inovação é a parceria com o CFM para a realização do Médico/Mídia 2012, mostrando que as entidades nacionais estão unidas não só na luta do movimento médico, mas também na área de comunicação, fundamental para dar maior visibilidade e credibilidade à pauta nacional da categoria. 

O evento terá início às 9h do dia desta sexta-feira (19), com as boas vindas do presidente da Fenam, Cid Carvalhaes, e do presidente do CFM, Roberto Luiz d´Ávila, e contará com a participação de profissionais da área médica e da grande imprensa, bem como especialistas na área de tecnologia da informação e publicidade. 

O Seminário Nacional Médico/Mídia tem como objetivo colaborar com os profissionais de saúde no seu relacionamento com a mídia e também simplificar o trabalho da imprensa, ajudando os jornalistas a entenderem melhor o setor. 

Direcionado a profissionais e estudantes das áreas de jornalismo, medicina e tecnologia da informação, publicidade, gestores do setor de saúde e público em geral, o programa do evento prevê a interação permanente entre os participantes, com trocas de ideias livremente expostas.

Confira a programação do evento: 

Governo anuncia R$ 505 milhões para tratamento de câncer pelo SUS

Ministro estima economia de R$ 70 mi com produção nacional de remédios. 7 mil pessoas podem se beneficiar com produção de remédio para leucemia. 
Do G1, em Brasília 

 O Ministério da Saúde anunciou na manhã desta quarta-feira (18) o investimento de R$ 505 milhões, nos próximos cinco anos, nas redes de unidades para tratamento de câncer no Sistema Único de Saúde (SUS). 

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o governo também vai estimular a produção nacional de medicamentos de tratamento e combate ao câncer. saiba mais.

Segundo Padilha, o ministério vai organizar a compra de equipamentos para radioterapia e a construção de salas adaptadas. 

“Vamos adquirir 80 aceleradores nucleares para radioterapia no período de cinco anos”, informou. Conforme o ministro, a medida vai aumentar o acesso à radioterapia no país, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. 

Medicamentos

Ao falar do investimento na produção nacional de medicamentos oncológicos, o ministro informou que a medida poderá gerar uma economia de R$ 70 milhões ao governo. Segundo Padilha, o ministério firmou parcerias com sete laboratórios públicos e privados para produção de remédios contra leucemia mielóide crônica. 
 “A produção deste medicamento vai beneficiar mais de 7 mil portadores da doença. 6 mil deles são tratados no SUS”, disse Padilha. 

 Fonte: G1 http://glo.bo/J3wZsS - 18/04/2012, 13hs20

sábado, 14 de abril de 2012

Causas da Plagiocefalia

Dormir sempre de barriga para cima deforma crânios de recém-nascidos. Em Espanha, o problema trata-se com capacetes; em Portugal, com mudança de posição. 

Nos primeiros meses de vida, Dinis Filipe estava a ficar com o crânio ligeiramente deformado, pela posição em que dormia. Preocupados com o problema e sem verem melhoras, apesar dos esforços em mudarem os hábitos de dormir, os pais decidiram recorrer a um médico espanhol. Desde os seis meses que Dinis usa um capacete especial. “Agora, com nove, já está quase bom”, garante o pai, Sérgio, que gastou mais de quatro mil euros no tratamento. 

Em Espanha, a maioria das crianças com deformações cranianas, ou seja, plagiocefalias, é tratada com capacetes de plástico, feitos à medida, para retomar a forma esférica da cabeça. Em Portugal, os médicos não o aconselham e dizem haver um factor comercial por trás. 

A verdade é que há cada vez mais crianças com plagiocefalia posicional. Estima-se que em Portugal 30% tenham algum tipo de deformidade, mesmo ligeira. A justificação está na alteração dos hábitos de dormir. “Antigamente, as crianças eram deitadas de cabeça para baixo, mas hoje a recomendação é dormirem de barriga para cima para evitar a síndrome de morte súbita”, explica o pediatra Luís Pinheiro, confirmando que todos os dias lhe aparece pelo menos um caso no consultório. Esta prática diminuiu em 40% o número de mortes, mas tem provocado uma verdadeira epidemia de plagiocefalias. 

“Com poucos meses, a caixa craniana ainda não está formada e como é muito mole molda-se facilmente. A pressão da cama leva sobretudo ao achatamento da cabeça para o lado direito”, completa o pediatra Libério Ribeiro. 

Os especialistas recomendam apenas, como tratamento, que se introduza uma alteração de hábitos e de posições. O principal é colocar o berço do outro lado da cama dos pais, mudar a posição da cadeirinha onde habitualmente come ou passar a usar almofada. O uso do capacete, garantem, só em casos muito avançados. 

“Nunca tive um caso em que tivesse aconselhado o uso do capacete. Isso é pura publicidade”, acusa Luís Pinheiro. “Faz-se propaganda ao capacete dramatizando a situação”, concorda o neurocirurgião José Miguéns, sublinhando que só recomenda em casos muito raros e até à data só colocou quatro. Para os especialistas, o mais importante é a prevenção e o despiste de outros problemas como o torcicolo congénito ou problemas mais graves como as craniossinosteses, em que os ossos se unem antes do tempo e é necessária cirurgia. 

Já em Espanha, os médicos renderam-se ao capacete. “Deixar que os bebés evoluam naturalmente leva a deformidades cranianas permanentes e irreparáveis na vida adulta. A plagiocefalia não se cura com a idade e os bebés têm o direito de serem tratados adequadamente”, defende Joan Pinyot, o médico espanhol que costuma tratar bebés portugueses e que abriu recentemente uma consulta no Hospital da Ordem de São Francisco, no Porto. “Quanto mais cedo se começa o tratamento com o capacete, melhor, porque o crescimento ajuda à remodelação craniana, mas é possível tratar crianças até aos dois anos e em três meses fica novamente bem”, assegura, salientando que também recebe casos do Dubai, França, Itália, Noruega e até do Japão. 

Beatriz, de 18 meses, também consultou o médico em Madrid. “O pediatra português desvalorizou a pequena deformação e decidi levá–la ao Dr. Pinyot”, lembra a mãe, Carina Freitas. Mas o valor do tratamento, cerca de quatro mil euros e as viagens quinzenais a Madrid foram factores que levaram o casal a desistir. Neste caso, os exercícios foram suficientes. “Só noto uma pequena falha quando passo a mão pela cabeça.”

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Maioria dos ministros do STF vota por liberar aborto de feto sem cérebro

12/04/2012  15h24
De dez ministros no julgamento, sete votaram - seis a favor e um contra. Decisão só será definitiva ao final porque ministros ainda podem mudar voto.
Débora Santos, G1, Brasília.

Com o voto do ministro Ayres Britto nesta quinta (12), a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já se manifestou, mesmo antes do final do julgamento, favorável à permissão do aborto de feto sem cérebro.

Dos dez ministros que analisam o tema, seis votaram a favor da liberação e um contra - Dias Toffoli não participa do julgamento porque se declarou impedido, já que, quando era advogado-geral da União, se manifestou publicamente sobre o tema.

Embora com maioria, o resultado do julgamento ainda não é definitivo. Até o final da sessão, qualquer ministro pode decidir modificar o voto.

Britto - favorável à liberação - foi o primeiro ministro a votar nesta quinta, no segundo dia de julgamento da ação proposta em 2004 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde.

Na quarta (11), votaram pela liberação do aborto de anencéfalos Marco Aurélio Mello, Rosa Weber, Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Ricardo Lewandowski foi contra. Também votarão os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello e o presidente do STF, ministro Cezar Peluso.

A ação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde pede que o Supremo permita, em caso de anencefalia, que a mulher possa escolher interromper a gravidez. Por lei, o aborto é crime em todos os casos, exceto se houver estupro ou risco de morte da mãe.

O entendimento do STF valerá para todos os casos semelhantes, e os demais órgãos do Poder Público serão obrigados a respeitá-la. A maioria dos ministros entendeu que a decisão de interromper a gravidez do feto sem cérebro é direito da mulher, que não pode ser oprimida pela possibilidade de punição.

"Não se pode tipificar esse direito de escolha [da mulher] como caracterizador do aborto, proibido pelo Código Penal", afirmou Ayres Britto ao justificar seu voto. Segundo ele, "o feto anencéfalo é uma crisálida que jamais, em tempo algum, chegará ao estágio de borboleta porque não alçará voo jamais".

Para o relator do caso, Marco Aurélio Mello, é inconstitucional a interpretação segundo a qual interromper a gravidez de feto anencéfalo é crime previsto em lei. Para ele, o termo aborto não é correto para casos de anencefalia, pois não há possibilidade de vida do feto nessas condições. “Não é escolha fácil. Todas as opções são de dor. Exatamente, fundado na dignidade da vida, neste caso, acho que esta interrupção não é criminalizável. [...]O útero é o primeiro berço do ser humano. Quando o berço se transforma em um pequeno esquife a vida se entorta”, afirmou a ministra Cármen Lúcia.

Para o ministro Luiz Fux, "impedir a interrupção da gravidez sob ameaça penal equivale à tortura." Alguns ministros ressaltaram que o Supremo não está discutindo a legalização do aborto de modo geral ou obrigando mulheres grávidas de fetos anencéfalos a interromper a gestação. A Corte discute se é crime interromper a gestação de um feto que, de acordo com a avaliação de especialistas, não tem chances de vida fora do útero.

“Faço questão de frisar que este Supremo Tribunal Federal não está decidindo permitir o aborto”, disse Cármen Lúcia. “O Supremo, evidentemente, que respeita e vai consagrar aquelas mulheres que desejarem realizar o parto ainda que o feto seja anencefálico”, afirmou Luiz Fux.

Divergência 
O ministro Ricardo Lewandowski, que abriu a divergência após cinco votos favoráveis à liberação do aborto, afirmou que o Supremo não pode interpretar a lei com a intenção de “inserir conteúdos”, sob pena de “usurpar” o poder do Legislativo, que atua na representação direta do povo.

"Uma decisão judicial isentando de sanção o aborto de fetos anencéfalos, ao arrepio da legislação existente, além de discutível do ponto de vista científico, abriria as portas para a interrupção de gestações de inúmeros embriões que sofrem ou viriam sofrer outras doenças genéticas ou adquiridas que de algum modo levariam ao encurtamento de sua vida intra ou extra-uterina", disse Lewandowski.

Hipertensão pulmonar

Hipertensão pulmonar é o aumento da pressão sanguínea nas artérias que levam sangue do pulmão para o coração. A hipertensão pulmonar é uma condição diferente da pressão alta (hipertensão arterial sistêmica). 
Sintomas de hipertensão pulmonar
O principal sintoma da hipertensão pulmonar é a falta de ar aos esforços. A dispnéia geralmente é leve ao início e vai piorando progressivamente à medida que o tempo passa. Frequentemente, a pessoa percebe que não consegue realizar a mesma atividade que antes conseguia fazer. Entre os demais sintomas da hipertensão pulmonar estão: 
  •  Dor torácica 
  • Fadiga 
  • Astenia 
  • Morte súbita 
  • Inchaço das pernas (edema) 
Causas de hipertensão pulmonar

Muitas condições distintas podem causar a hipertensão pulmonar. De maneiras diferentes, cada uma destas doenças pode levar ao aumento da pressão sanguínea nas artérias pulmonares. São elas: 
  • Insuficiência cardíaca congestiva 
  • Doença tromboembólica venosa (coágulos sanguíneos nos pulmões) 
  • Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) 
  • O uso de drogas ilícitas (cocaína, metanfetamina)
  • Cirrose hepática 
  • O uso de inibidores do apetite (fenfluramina, dexfenfluramina, dietilpropiona), que não são mais comercializadas nos Estados Unidos.
  • Doenças autoimunes (lúpus, esclerodermia e artrite reumatóide) Shunts cardíacos (doenças em que há um fluxo de sangue anormal entre as câmaras cardíacas) 
  • Doenças pulmonares crônicas (enfisema, bronquite crônica ou fibrose pulmonar) 
  • Apnéia obstrutiva do sono
Quando nenhuma causa é identificada após a realização de exames complementares, ela é chamada de hipertensão pulmonar idiopática. Esta condição é também chamada de hipertensão pulmonar primária.


O diagnóstico da hipertensão pulmonar
Geralmente, uma pessoa que apresenta hipertensão pulmonar ainda não diagnosticada procura o médico por causa da falta de ar. O médico, por sua vez, procura por uma causa, através das informações obtidas na história clínica do paciente e por meio de exames complementares, tais como: 
Ecocardiograma: trata-se de uma imagem das batidas do coração realizada por meio de ultrassonografia. Um exame de ecocardiografia pode estimar as pressões nas artérias pulmonares e verificar a função do ventrículo esquerdo e direito do coração. 
Tomografia computadorizada (TC): trata-se de uma radiografia detalhada do tórax, obtidas através de um aparelho chamado tomógrafo, que pode demonstrar a presença de artérias pulmonares com um tamanho aumentado. A TC também é capaz de identificar outros problemas pulmonares que podem estar causando a falta de ar. 
Cintigrafia de ventilação/perfusão (V/Q scan): este é um exame de medicina nuclear que pode auxiliar na identificação de coágulos sanguíneos nos vasos pulmonares (êmbolos pulmonares), uma das causas de hipertensão pulmonar.
Eletrocardiograma (ECG ou EKG): trata-se de um traçado da atividade elétrica do coração. Este exame pode demonstrar a presença de uma sobrecarga sobre o lado direito do coração, uma pista que pode indicar a presença de hipertensão pulmonar. 
Radiografia do tórax: uma radiografia simples do tórax não é capaz de diagnosticar uma hipertensão pulmonar, mas fornece pistas úteis. Este exame pode ajudar a identificar outras condições, cardíacas ou pulmonares, que podem estar contribuindo para a hipertensão pulmonar. 
Teste de exercício: trata-se de um exame em que a pessoa faz exercícios em um laboratório ao mesmo tempo em que sua função cardíaca, seus níveis de oxigênio e outros parâmetros são medidos para detectar as modificações que ocorrem durante um exercício físico. 
Exames de sangue: eles podem ser úteis para o diagnóstico de hipertensão pulmonar quando suspeitamos de infecções, HIV ou doenças autoimunes. Estes exames são capazes de sugerir o diagnóstico de hipertensão pulmonar, mas para se fazer o diagnóstico de certeza é preciso medir diretamente a pressão na artéria pulmonar. Isto pode ser feito através de um procedimento chamado de cateterismo cardíaco direito, que é realizado nas seguintes etapas: 
  •  Um cateter é inserido na veia jugular do pescoço e é direcionado até o coração direito
  • Um monitor de pressão preso ao cateter registra as pressões no ventrículo direito e nas artérias pulmonares. 
  • Enquanto o cateter está neste local, alguns medicamentos são injetados para verificar se as artérias pulmonares estão anormalmente enrijecidas. Este procedimento é chamado de teste de reatividade vascular. 
Apesar do baixo risco de complicações, o cateterismo do coração direito é um procedimento invasivo.

Tratamento dos pacientes com hipertensão pulmonar
A maioria dos pacientes com hipertensão pulmonar tem uma causa definida. Neste caso, o diagnóstico e o tratamento desta causa é a melhor opção terapêutica. 
Para algumas pessoas, os tratamentos avançados com o objetivo é reduzir diretamente a pressão nas artérias pulmonares pode ajudar. Às vezes, estes medicamentos podem prevenir a progressão da hipertensão pulmonar.
  • Prostaglandinas, inclusive o epoprostenol, treprostinila ou a iloprosta 
  • Antagonistas dos receptores de endotelina, como a bosentana e a ambristenana 
  • Inibidores da fosfodiesterase, como a sildenafila. 
Para as pessoas com formas graves de hipertensão pulmonar, onde a terapia farmacológica não resultou em nenhuma melhora, existem outras opções terapêuticas disponíveis:
  • Transplante de pulmão: os pulmões e as artérias pulmonares de um doador são transplantados para o pacientes com hipertensão pulmonar grave.
  • Septostomia atrial: um cirurgião cardíaco cria um orifício entre as câmaras direita e esquerda do coração. A septostomia atrial melhora a hipertensão pulmonar, mas frequentemente causa outros efeitos colaterais sérios. 
Outros tratamentos podem reduzir a hipertensão pulmonar em algumas pessoas: 

Os Exercícios físicos podem ser o melhor tratamento para os pacientes com hipertensão pulmonar. A prática regular de exercícios melhora a falta de ar e permite que a pessoa com hipertensão pulmonar se torne mais ativa. 
O oxigênio inalatório pode melhorar a falta de ar em algumas pessoas. O oxigênio também pode ajudar as pessoas a viver mais com a hipertensão pulmonar que tenha sido causada por doenças pulmonares. 
Os medicamentos que afinam o sangue (anticoagulantes) podem ser úteis para as pessoas com hipertensão pulmonar cuja causa seja a presença de coágulos sanguíneos nos pulmões. 
Os bloqueadores dos canais de cálcio (nifedipina, diltiazem ou amlodipina) podem melhorar os sintomas em uma pequena parcela de pacientes com hipertensão pulmonar. 

O que se deve esperar da hipertensão pulmonar
O prognostico da hipertensão pulmonar varia de acordo com a sua causa. Algumas condições causadoras de hipertensão pulmonar podem responder ao tratamento e melhorar com o tempo. A hipertensão pulmonar idiopática (hipertensão pulmonar primária) é uma doença progressiva. Os sintomas desta forma de hipertensão pulmonar tendem a ir piorando progressivamente com o passar do tempo. Apesar de não existir uma cura, os tratamentos podem prolongar a vida e reduzir os sintomas dos pacientes com hipertensão pulmonar primária.

Fonte: MEDCENTER  http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?id=25036 - 12/04/2012, 17:06

quarta-feira, 11 de abril de 2012

CRMs pedem manutenção do Revalida e respeito à legislação que trata do tema.

Ter, 10 de Abril de 2012 17:17

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e os 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) divulgaram nesta terça-feira (10) nota pública contra a revalidação indiscriminada de diplomas de Medicina obtidos no exterior. Os representantes das entidades passaram o dia reunidos em Brasília, quando avaliaram o tema e suas consequências para a saúde da população e para a qualidade da assistência oferecida.

No texto, os representantes dos conselhos pedem ao Governo a manutenção do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Universidades Estrangeiras (Revalida), aplicado, desde 2010, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e reconhecido pelo uso de critérios uniformes, justos e transparentes na avaliação dos candidatos. 

Para o grupo, sem observar estes critérios, estará se colocando em risco a saúde da população e não solucionará o problema da falta de médicos em algumas regiões e em determinados serviços públicos de saúde no Brasil.

NOTA PUBLICA DO CFM E DOS CRMs 
CONTRA A REVALIDAÇÃO INDISCRIMINADA DE DIPLOMAS DE MEDICINA OBTIDOS NO EXTERIOR

Considerando a responsabilidade dos médicos de proteger a saúde da população brasileira, garantindo-lhe atendimento segundo critérios de qualidade, eficiência e ética, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), reunidos em Brasília, se manifestam publicamente por unanimidade contra possível alteração das regras de revalidação de diplomas de médicos formados no exterior, que estaria em discussão entre a Casa Civil da Presidência da República e os Ministérios da Saúde e da Educação, conforme notícias divulgadas pelos meios de comunicação. 

Preocupados com o risco de morte e outras consequências do atendimento indevido impostos aos pacientes por conta da atuação de portadores de diplomas de Medicina, obtidos no Brasil e no exterior, que não contaram com a devida formação e preparo para o desafio diário da assistência, os 27 CRMs defendem e exigem:
• A manutenção do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Universidades Estrangeiras (Revalida), aplicado desde 2010 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e reconhecido pelo uso de critérios uniformes, justos e transparentes na avaliação dos candidatos. 
• A condução do processo de revalidação de diplomas estrangeiros em acordo com os critérios da graduação de Medicina no Brasil - mínimo de 7.200 horas, seis anos de curso com 35% da carga horária total correspondendo a estágio prático/internato, conforme previsto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais de Graduação em Medicina – e com a exigência de exames que mensurem as competências e as habilidades mínimas para o exercício profissional. 
• A obediência pelo Governo à Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que determina que todos os profissionais formados no exterior (brasileiros ou não) são obrigados a revalidar seus diplomas em escolas brasileiras de ensino superior para receber a autorização para trabalhar no país, e também ao Decreto Federal que regulamentou o papel dos Conselhos de Medicina, pelo qual se exige que o requerimento de inscrição no CRM seja acompanhado da prova de revalidação do diploma de formatura. 

O CFM e os 27 CRMs entendem que a revalidação dos diplomas estrangeiros sem observar estes critérios colocará em risco a saúde da população e não solucionará o problema da falta de médicos em algumas regiões e em determinados serviços públicos de saúde no Brasil. Para as entidades, solução para os problemas de acesso e de desigualdade na concentração de médicos no país passa pela instituição de políticas públicas que estimulem a fixação dos profissionais em zonas de difícil acesso e provimento, nos moldes de uma carreira específica dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) que abranja aspectos como oferta de programas de educação continuada, perspectivas de progressão funcional, remuneração compatível com a responsabilidade e a existência de rede física adequada. Este contexto, certamente, trará ganhos para a qualidade da Medicina exercida no país e para a sociedade em geral.

FONTE: Conselho Federal de Medicina - http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=22805:crms-pedem-manutencao-do-revalida-e-respeito-a-legislacao-que-trata-do-tema&catid=3 - 11/04/2012, 20:52

DEPRESSÃO

ARTIGO
Por Dr. Paulo Mendonça (*) 

A Depressão foi identificada como o mal do final do século XX e evolui nesse século em patamares mais elevados. Manifesta-se com múltiplas características, podendo variar de uma pessoa para outra: sensação de tristeza, ansiedade ou agitação; estados de pânico e desespero, com adormecimento dos lábios, mãos, cabeça ou todo corpo, muitas vezes combinando com desmaios; compulsividade, fazendo a pessoa comer, comprar ou fazer outras coisas de forma exagerada; preocupação excessiva, dores de cabeça, de estômago, no peito, nos intestinos, com diarréias imotivadas ou muitas outras dores exacerbadas sem motivo aparente; excesso de sensibilidade a ruídos e a luminosidade, tonturas, falta de ar, aperto no peito, “batedeiras”, desânimo e falta de apetite sexual, falta do sono noturno e/ou pesadelos, sonolência diurna, diminuição da memória, dificuldade no raciocínio, de concentração ou um estado de “zonzura” mal caracterizado; alterações no tom de voz, como a rouquidão; alterações de sensibilidade ao calor ou ao frio, mãos e pés frios e molhados e muitos outros.

 Esses sintomas, acima citados, condicionam o indivíduo a sofrer vários desconfortos. Seu cérebro passa a identificar como sendo sofrimentos reais ou doenças propriamente ditas, podendo induzir, direta ou indiretamente, o aparecimento de uma série de enfermidades como o diabetes, gastrites ou úlceras, colites ulcerativas, hipertensão ou hipotensão arterial, aumento da coagulação do sangue, enxaquecas, enfartes, derrames, disfunções hormonais, alterações menstruais, ganho ou perda de peso, queda de cabelo ou outras doenças da pele, doenças reumáticas, enfim, inumeráveis outras enfermidades incluindo várias formas de cânceres. Tudo isso leva as pessoas a uma longa peregrinação por dezenas de consultórios médicos, especialistas diversos e a exames sofisticados, sem nada ser diagnosticado. “...Mas doutor ! Eu sinto... Como não tenho nada? ‘Bolas’, ninguém consegue descobrir a minha doença !!!”.

 A Depressão é um estado psicológico que muito se assemelha com as reações de stress. Vamos fazer uma comparação? 

 REAÇÃO DE STRESS 

 Quando sofremos alguma agressão, seja ela física, química, biológica ou psicológica, nossos sistemas de defesa, específicos para cada agressão, imediatamente entram em ação, defendendo-nos daquele mal. 

 Uma das funções dos sistemas de defesa é chamada Reação de Stress, que acontece contra uma ação estressante que esteja acometendo o organismo de uma forma nociva. Logo, Reação de Stress não é uma doença; é um estado fisiológico de defesa dos organismos vivos. Existem dois tipos de Reações de Stress: Reação de Stress Crônico, evidente quando a nossa sabedoria ou nosso organismo encontra-se à espera de um perigo. Reação de Stress Agudo, quando vivemos o perigo propriamente dito.

 A vida moderna artificializou nossos costumes e nos condicionou sofrer mais da Reação de Stress Crônico que da Reação de Stress Agudo. Tudo em decorrência de nossas incertezas do porvir, condicionando-nos a uma preocupação constante (crônica). Por outro lado, não enfrentamos o perigo propriamente dito, como esperamos, ou seja, não vivemos a Reação de Stress Agudo na mesma ordem de grandeza quando comparada com a crônica. Esse desequilíbrio na balança entre o Stress Crônico versos Stress Agudo que nos adoece. Os sintomas desse desequilíbrio podem se manifestar de muitas formas, porém o estado de depressão predomina. 

 EXEMPLIFICANDO: Uma pessoa encontra-se preocupada com seus problemas financeiros. O organismo identifica uma situação de perigo iminente mas não como sendo um problema financeiro e sim um perigo biológico relacionado à sobrevivência animal como se a pessoa fosse uma presa, prestes a ser atacada por um predador.

 O que acontece com o animal, prestes a ser atacado? Vontade de se esconder, de se isolar. Aumento de todas as sensibilidades para perceber a chegada do predador. Aumento da sensibilidade dolorosa (dói tudo). Aumento da sensibilidade visual (a luz incomoda). Aumento da sensibilidade auditiva (ruído incomoda). Perda do sono noturno (à noite os gatos são pardos) e desânimo e sono diurno (pela falta do sono noturno e para conservar energia). Aumento da coagulação do sangue para evitar hemorragia caso seja mordido (facilita enfartes e derrames) Esses sintomas não são muito parecidos com alguns estados de Depressão? 

 Imaginemos agora uma pessoa com depressão, parada na rua e um cão bravo a ataca. O seu cérebro dá as ordens: “pernas, coração, respiração, pra que ti quero?” A pessoa sai numa carreira e o cão bota a língua para fora antes dela, pois não se encontrava vivendo o estado de stress crônico, ou seja, não estava preparado para tal corrida. Ao se ver livre do perigo e após ter passado o susto, a pessoa depressiva tenderá a viver alguns dias saudáveis, pois o estado de stress agudo teve a mesma potência que o estado de stress crônico. Houve um equilíbrio. Mas como o problema financeiro persiste, cerca de três dias depois tudo volta a ser igual.

 CONCLUSÃO: Uma pessoa que vive uma situação de stress crônico (depressão), poderá ter uma sensível melhora caso pratique um esporte coletivo ou faça ginástica aeróbica.

 IMPORTANTE: Existem outras formas de depressão muito mais graves, porém o que mais acomete, na atualidade, é uma conseqüência direta do desequilíbrio dos estados de stress.

(*) Dr. Paulo Mendonça, natural de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, é Médico Neurologista, formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense em 1978 e titulado em neurologia pela Academia Brasileira de Neurologia, filiada brasileira da Federação Mundial de Neurologia. É Membro Titular dessa academia. É pós-graduado em Medicina do Trabalho pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e em Desenvolvimento de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Autor de vários trabalhos científicos publicados em revistas indexadas internacionalmente. Mora em Curitiba e tem consultório na cidade de Santo Antônio da Platina, PR. É autor do livro "Mulher um resgate íntimo" - veja detalhes ao final do artigo. E-mail: paulomendonca@drpm.com.br.

FONTE:PORTAL BRASIL: http://www.portalbrasil.net/medicina_artigo_depressao.htm - 11/04/2012, 20:30

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