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sexta-feira, 29 de março de 2013

NEJM: medidas comportamentais de perda de peso podem ajudar pessoas com doença mental grave

O sobrepeso e a obesidade são epidêmicos entre pessoas com doença mental grave, mas ensaios clínicos sobre perda de peso sistematicamente ainda excluem esta população vulnerável. As intervenções no estilo de vida necessitam de adaptação neste grupo de pacientes, porque os sintomas psiquiátricos e de comprometimento cognitivo são altamente prevalentes.

O objetivo do trabalho, publicado pelo New England Journal of Medicine (NEJM), foi determinar a eficácia de uma intervenção comportamental para perda de peso em adultos com doença mental grave.

Foram recrutados aleatoriamente para uma intervenção ou para um grupo controle adultos com sobrepeso ou obesidade de dez programas comunitários ambulatoriais psiquiátricos e de reabilitação. Os participantes do grupo de intervenção receberam sessões individuais e em grupo a respeito da gestão do peso e sessões de exercícios físicos em grupo. As mudanças no peso corporal foram avaliadas com 6, 12 e 18 meses.

Os resultados mostraram que dos 291 participantes que se submeteram à randomização, 58,1% tinha esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo; 22,0% tinham transtorno bipolar e 12,0% tinham depressão maior. No início do estudo, o índice de massa corporal médio (o peso em quilogramas dividido pelo quadrado da altura em metros) foi de 36,3 e o peso médio foi de 102,7 kg. Os dados sobre o peso aos 18 meses foram obtidos a partir de 279 participantes. A perda de peso no grupo da intervenção aumentou progressivamente ao longo do período de acompanhamento e diferiu significativamente do grupo controle em cada visita de avaliação. Aos 18 meses, 37,8% dos participantes do grupo de intervenção perderam 5% ou mais do seu peso inicial, em comparação com 22,7% dos que estavam no grupo controle (P = 0,009).

Concluiu-se que uma intervenção comportamental para perda de peso reduziu significativamente o peso ao longo de um período de 18 meses em adultos com sobrepeso ou obesidade e portadores de doença mental grave. Dada a epidemia de obesidade e as doenças relacionadas ao aumento do peso entre as pessoas com doença mental grave, estes achados apoiam a implementação de medidas comportamentais de perda de peso para esta população de alto risco.

Fonte: news.med.br

quarta-feira, 27 de março de 2013

Metilfenidato: dados do SNGPC mostram tendência de uso crescente desta medicação no Brasil, principalmente em crianças. Mas isto está sendo feito de forma segura?

O metilfenidato é um medicamento psicoestimulante aprovado para o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Esta medicação promove um aumento da atenção e do controle de impulsos de crianças que apresentam TDAH e deve somente ser usada de acordo com uma prescrição médica criteriosa.

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurológico do comportamento, comum na infância e na adolescência, afetando cerca de 8 a 12% das crianças no mundo. Estimativas de prevalência de TDAH em crianças e adolescentes, no Brasil, são bastante discordantes com valores de 0,9% a 26,8%. O diagnóstico desta condição é complicado pela ocorrência de comorbidades como dificuldades de aprendizagem, transtornos de conduta e ansiedade, e depende muito do relato dos pais e de professores, não existindo até o momento nenhum exame laboratorial confiável que possa prever este tipo de problema. As crianças com TDAH costumam apresentar dificuldade de prestar atenção, controlar comportamentos impulsivos, inquietação, fala excessiva, hiperatividade, dentre outros sintomas.

Dados registrados no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), gerenciados pela Anvisa, sobre a prescrição e o consumo de metilfenidato no Brasil, nos anos de 2009 a 2011, apontam para uma tendência de uso crescente desta medicação.

O Boletim de Farmacoepidemiologia do SNGPC, de julho a dezembro de 2012, mostra que:
  • Tem havido um aumento no consumo de metilfenidato no Brasil com destaque para redução do consumo nos meses de férias e aumento no segundo semestre dos anos estudados.
  • Entre as UF, o DF registrou o maior consumo de metilfenidato no triênio estudado.
  • Porto Alegre obteve o maior consumo de metilfenidato no triênio, entre as capitais brasileiras.
  • A partir da estimativa de gasto direto total das famílias brasileiras com a aquisição de metilfenidato, foi verificada uma concentração de mercado para o tratamento de TDAH com três apresentações farmacêuticas, todas de um mesmo laboratório, assegurando 92% das vendas de metilfenidato no país.
  • Entre as especialidades médicas prescritoras informadas, houve um predomínio daquelas relacionadas com assistência à criança e ao adolescente e que tratam de problemas do sistema nervoso central. Esse achado aponta para uma maior qualificação do uso de metilfenidato. No entanto, alguns profissionais apresentaram uma quantidade de prescrição desse produto bem acima da média e mediana que foram registradas para os 15 maiores prescritores de metilfenidato no país.

Estes dados demonstram uma tendência de uso crescente do metilfenidato no Brasil. Entretanto, a pergunta que precisa ser respondida é se esse uso está sendo feito de maneira segura, ou seja, se ele está sendo prescrito somente para as indicações aprovadas no registro do medicamento e para os pacientes corretos, na dosagem e períodos adequados. O uso desta medicação está sendo muito difundido nos últimos anos e, inclusive, de maneira equivocada, sendo utilizado como “droga da obediência” e como instrumento de melhoria do desempenho seja de crianças, adolescentes e adultos.

Fonte: news.med.br

segunda-feira, 25 de março de 2013

Atualização do algoritmo de tratamento do diabetes mellitus tipo 2: guideline da American Diabetes Association (ADA) e Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD)

Em 2012, a American Diabetes Association (ADA), juntamente com a Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD), atualizaram o seu algoritmo de tratamento do diabetes tipo 2 (originalmente lançado em 2009), que recomenda uma organização do tratamento da doença. Um algoritmo é um conjunto de passos a serem seguidos para se alcançar um fim desejado, neste caso, o objetivo é manter os níveis de glicose no sangue dentro da normalidade.

O algoritmo recomenda começar o tratamento no momento do diagnóstico com as mudanças de estilo de vida (em geral incluindo uma dieta equilibrada e atividades físicas regulares). Em seguida usa-se metformina, adicionando-se outras medicações redutoras da glicemia, conforme necessário. A eficácia de qualquer tratamento para o diabetes é medida, em parte, por um exame de sangue conhecido como hemoglobina glicosilada ou HbA1c, que indica o nível médio de glicemia ao longo dos 2 ou 3 meses anteriores. O nível de HbA1c de pessoas sem diabetes tende a situar-se entre 4% e 6% e o alvo para a maioria das pessoas diabéticas é um resultado de teste inferior a 7%.

O algoritmo atualizado recomenda que se uma pessoa recém-diagnosticada com diabetes tipo 2 não alcançar o nível de HbA1c adequado depois de três meses das mudanças no estilo de vida e do uso da metformina, o seu médico deve adicionar uma outra medicação no tratamento, que pode ser qualquer uma das sulfonilureias, tiazolidinedionas, agonistas do receptor GLP-1, inibidores de DPP-4 ou uma classe de insulina basal. Se uma combinação de dois medicamentos não permitir o alcance de um nível adequado de HbA1c em cerca de três meses, acrescenta-se outra medicação das classes listadas acima. E se a terapia de combinação que inclui a insulina basal não resultar na obtenção de um nível de HbA1c adequado, iniciam-se múltiplas doses diárias de insulina de ação curta ou rápida antes das refeições.

Outros fármacos que não estão incluídos no algoritmo, mas que podem beneficiar certos indivíduos, incluem meglitinidas, inibidores da alfa-glicosidase, colesevelam, bromocriptina e pramlintide.

Fonte: news.med.br

sexta-feira, 22 de março de 2013

Parar de fumar reduz risco cardiovascular, mesmo com o ganho de peso que ocorre após a cessação do fumo, em adultos com e sem diabetes, em artigo publicado pelo JAMA

Acredita-se que a cessação do tabagismo reduz os riscos de doenças cardiovasculares (DCV), mas o ganho de peso que segue após a parada pode enfraquecer os benefícios cardiovasculares alcançados. Com o objetivo de testar a hipótese de que o ganho de peso advindo da cessação do tabagismo não atenua os benefícios cardiovasculares, entre adultos com e sem diabetes, foi realizado um projeto publicado pelo Journal of the American Medical Association (JAMA).

O estudo prospectivo de coorte, de base comunitária, com dados do Framingham Offspring Study, coletados de 1984 a 2011, avaliou, a cada quatro anos, o auto-relato a respeito do tabagismo. Foi feita uma avaliação e classificação dos indivíduos em:
  •     Fumantes.
  •     Aqueles que deixaram de fumar recentemente (menos de quatro anos).
  •     Aqueles que deixaram de fumar há mais de quatro anos.
  •     Não fumantes.

Análises estatísticas foram realizadas para estimar a associação entre deixar de fumar e os eventos cardiovasculares em seis anos e para testar se a mudança de peso em quatro anos, seguindo a cessação do fumo, modifica a associação entre parar de fumar e os eventos cardiovasculares.

Os eventos cardiovasculares incluídos foram doença coronariana, eventos cerebrovasculares, doença arterial periférica e insuficiência cardíaca congestiva.

Após um seguimento médio de 25 anos, 631 eventos cardiovasculares ocorreram entre 3.251 participantes. O ganho de peso médio em quatro anos foi maior para aqueles que tinham deixado de fumar recentemente (menos de quatro anos) sem diabetes (2,7 kg) e diabéticos (3,6 kg) do para aqueles que deixaram de fumar a mais de quatro anos (0,9 kg e 0,0 kg para não diabéticos e diabéticos, respectivamente, P <0 br="">
Entre os participantes sem diabetes, após ajustes para idade e sexo, a taxa de incidência de doença cardiovascular foi de:
  •     5,9 por 100 pessoas examinadas em fumantes.
  •     3,2 por 100 pessoas examinadas em ex-fumantes recentes.
  •     3,1 por 100 pessoas examinadas para ex-fumantes de longo prazo
  •     2,4 por 100 pessoas examinadas em não-fumantes.

Após o ajuste para fatores de risco cardiovascular, em comparação com fumantes, os ex-fumantes recentes tiveram uma taxa de risco para DCV de 0,47 e os ex-fumantes de longo prazo tiveram uma taxa de risco para DCV de 0,46. Estas associações tinham apenas uma mudança mínima após ajustes para a mudança de peso. Entre os participantes com diabetes, havia estimativas pontuais semelhantes, que não alcançaram significância estatística.

Concluiu-se que, nesta coorte de base comunitária, parar de fumar está associado a um menor risco de eventos cardiovasculares entre os participantes sem diabetes, e que o ganho de peso que ocorreu após a cessação do tabagismo não alterou esta associação. Estes resultados apoiam o benefício cardiovascular obtido com a cessação do tabagismo, apesar do possível ganho de peso subsequente.

Fonte: news.med.br

quarta-feira, 20 de março de 2013

FDA : azitromicina pode levar a arritmias cardíacas potencialmente fatais

O Food and Drug Administration (FDA) alerta o público que a azitromicina pode causar alterações na atividade elétrica do coração, que podem levar a um ritmo cardíaco irregular potencialmente fatal. Os pacientes com maior risco de desenvolver esta condição incluem aqueles com fatores de risco conhecidos, tais como prolongamento do intervalo QT, baixos níveis sanguíneos de potássio ou magnésio, um ritmo mais lento do que a taxa normal do coração ou o uso de certos medicamentos para tratar arritmias.

O FDA emitiu uma Drug Safety Communication como resultado de uma revisão de um estudo realizado por pesquisadores médicos, bem como outro estudo feito pelo fabricante da medicação, que avaliou o potencial da azitromicina de causar alterações na atividade elétrica do coração.

O FDA já havia divulgado um comunicado em 17 de maio de 2012, sobre um estudo que comparou os riscos de morte cardiovascular em pacientes tratados com a azitromicina ou com drogas antibacterianas, tais como a amoxicilina, a ciprofloxacina, a levofloxacina ou sem o uso de fármaco antibacteriano. O estudo relatou um aumento nas mortes cardiovasculares e no risco de morte devido a qualquer causa, em pessoas tratadas com um curso de cinco dias de azitromicina, em comparação com as pessoas tratadas com a amoxicilina, ciprofloxacina ou sem fármaco. Os riscos de morte cardiovascular associados ao tratamento com a levofloxacina foram semelhantes aos associados com o tratamento com a azitromicina.

Os profissionais de saúde devem considerar o risco de torsades de pointes e ritmos cardíacos fatais com o uso da azitromicina quando se considera as opções de tratamento para pacientes que já possuem algum risco para eventos cardiovasculares. O FDA observa que o potencial risco de prolongamento do intervalo QT com a azitromicina deve ser colocado em contexto apropriado ao escolher uma medicação antibacteriana. Drogas alternativas do grupo dos macrolídeos, ou não-macrolídeos, tais como as fluoroquinolonas, também têm o potencial de prolongamento do intervalo QT ou outros significativos efeitos que devem ser considerados na escolha de um medicamento antibacteriano.

Profissionais de saúde e pacientes devem ser incentivados a relatar eventos adversos ou efeitos colaterais relacionados ao uso desses produtos para o FDA's MedWatch Safety Information and Adverse Event Reporting Program.

Fonte: news.med.br

segunda-feira, 18 de março de 2013

Enxaqueca: primeiro patch aprovado pelo FDA para tratar as crises de enxaqueca

Em janeiro de 2013, o FDA aprovou um medicamento para tratar as crises agudas de enxaqueca que é largamente utilizado, o sumatriptano, da marca Imitrex. Agora o medicamento está sendo liberado para uso através de um mecanismo novo de administração, um sistema transdérmico, sob a forma de um adesivo (patch) que pode ser enrolado em torno da parte superior do braço de um paciente ou na coxa. A administração transdérmica de um medicamento é a sua absorção através da pele. Embora os consumidores já estejam familiarizados com o uso de patch em medicamentos que ajudam a parar de fumar, este é o primeiro patch aprovado pelo FDA para o tratamento de enxaquecas.

Com o nome de Zecuity, o patch é movido a bateria e fabricado pela empresa farmacêutica NuPathe. Mede cerca de vinte centímetros de comprimento e dez centímetros de largura, envolve o braço ou a coxa e é muito parecido com uma bandagem. Ele utiliza uma corrente elétrica para deslocar a medicação através da pele ao longo de quatro horas. Uma pequena bateria e um chip de computador regulam a carga para garantir que o paciente receba a dose correta.

O sistema transdérmico fornece uma alternativa aos comprimidos, sprays nasais e injeções. Muitos pacientes que sofrem de enxaqueca sentem uma dor debilitante, às vezes tão aguda, que eles não conseguem engolir um comprimido. Outros não gostam do sabor desagradável que o spray nasal pode deixar na boca ou se sentem desconfortáveis com o fato de terem que tomar uma injeção.

Os principais efeitos colaterais do patch são: cerca de 25% dos participantes do estudo clínico com a medicação queixaram-se de uma sensação dolorosa e vermelhidão no local da aplicação do adesivo.

Segundo Eric Bastings, neurologista e diretor adjunto da Divisão de Neurologia do Food and Drug Administration (FDA), existem dois tipos básicos de medicamentos para enxaqueca: medicamentos abortivos (também chamados de medicamentos agudos), que tratam a enxaqueca depois que a crise começou e medicamentos de prevenção, que ajudam a manter a pessoa livre das crises agudas de dor.

Fonte: news.med.br

sexta-feira, 15 de março de 2013

Maior consumo de sal pode ser fator de risco ambiental para doenças autoimunes, em artigo da Nature


Houve um aumento significativo na incidência de doenças autoimunes na metade do século passado. Embora a base genética subjacente desta classe de doenças tenha sido recentemente elucidada, implicando predominantemente em genes de resposta imunológica, alterações nos fatores ambientais devem finalmente ser dirigidas a este aumento.

A população recentemente identificada de interleucina -17- produtora de células T helper CD4+ (células TH17) tem um papel central nas doenças autoimunes. Células patogênicas TH17 dependentes de IL-23 demonstraram ser críticas para o desenvolvimento da encefalomielite autoimune experimental (EAE), um modelo animal para a esclerose múltipla, e os fatores de risco genéticos associados à esclerose múltipla estão relacionados ao caminho IL-23-TH17. No entanto, pouco se sabe sobre os fatores ambientais que influenciam diretamente as células TH17.

O presente trabalho, publicado na revista Nature, mostrou que uma dieta rica em sal (cloreto de sódio ou NaCl) incrementa significativamente a indução de células TH17. As células TH17 geradas em decorrência de uma dieta rica em cloreto de sódio exibem um fenótipo altamente patogênico e estável caracterizado pela regulação positiva das citocinas pró-inflamatórias GM-CSF, TNF-α e IL-2. Além disso, ratos alimentados com este tipo de dieta desenvolveram uma forma mais grave de EAE, em acordo com o aumento da infiltração de células TH17 antígeno-específicas no sistema nervoso central e periférico. Assim, o maior consumo de sal pode representar um fator de risco ambiental para o desenvolvimento de doenças autoimunes, através da indução de células patogênicas TH17.

Fonte: news.med.br

quarta-feira, 13 de março de 2013

Atualização do algoritmo de tratamento do diabetes mellitus tipo 2: guideline da American Diabetes Association (ADA) e Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD)


Em 2012, a American Diabetes Association (ADA), juntamente com a Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD), atualizaram o seu algoritmo de tratamento do diabetes tipo 2 (originalmente lançado em 2009), que recomenda uma organização do tratamento da doença. Um algoritmo é um conjunto de passos a serem seguidos para se alcançar um fim desejado, neste caso, o objetivo é manter os níveis de glicose no sangue dentro da normalidade.

O algoritmo recomenda começar o tratamento no momento do diagnóstico com as mudanças de estilo de vida (em geral incluindo uma dieta equilibrada e atividades físicas regulares). Em seguida usa-se metformina, adicionando-se outras medicações redutoras da glicemia, conforme necessário. A eficácia de qualquer tratamento para o diabetes é medida, em parte, por um exame de sangue conhecido como hemoglobina glicosilada ou HbA1c, que indica o nível médio de glicemia ao longo dos 2 ou 3 meses anteriores. O nível de HbA1c de pessoas sem diabetes tende a situar-se entre 4% e 6% e o alvo para a maioria das pessoas diabéticas é um resultado de teste inferior a 7%.

O algoritmo atualizado recomenda que se uma pessoa recém-diagnosticada com diabetes tipo 2 não alcançar o nível de HbA1c adequado depois de três meses das mudanças no estilo de vida e do uso da metformina, o seu médico deve adicionar uma outra medicação no tratamento, que pode ser qualquer uma das sulfonilureias, tiazolidinedionas, agonistas do receptor GLP-1, inibidores de DPP-4 ou uma classe de insulina basal. Se uma combinação de dois medicamentos não permitir o alcance de um nível adequado de HbA1c em cerca de três meses, acrescenta-se outra medicação das classes listadas acima. E se a terapia de combinação que inclui a insulina basal não resultar na obtenção de um nível de HbA1c adequado, iniciam-se múltiplas doses diárias de insulina de ação curta ou rápida antes das refeições.

Outros fármacos que não estão incluídos no algoritmo, mas que podem beneficiar certos indivíduos, incluem meglitinidas, inibidores da alfa-glicosidase, colesevelam, bromocriptina e pramlintide.

Fonte: news.med.br

segunda-feira, 11 de março de 2013

Associação inversa entre atividade física e câncer renal: revisão sistemática e meta-análise publicadas pelo British Journal of Cancer


Pesquisadores do Departamento de Epidemiologia e Medicina Preventiva do Centro Médico da Universidade de Regensburg, na Alemanha, fizeram uma revisão sistemática e meta-análise de dados de literatura publicados no PubMed e no Web of Knowledge para quantificar a relação entre atividade física e risco de câncer renal em indivíduos sem histórico de câncer.

A atividade física pode diminuir o risco de câncer renal, reduzindo a obesidade, pressão arterial, resistência à insulina e peroxidação lipídica. Apesar de mecanismos biológicos plausíveis ligando o aumento da atividade física à diminuição do risco de câncer renal, poucos estudos epidemiológicos têm sido capazes de comunicar uma clara associação inversa entre atividade física e câncer renal. Até o momento não havia uma meta-análise disponível sobre este tópico.

Seguindo as orientações PRISMA, foi realizada uma revisão sistemática e meta-análise, incluindo informações de 19 estudos com base em um total de 2.327.322 indivíduos e 10.756 casos. A qualidade metodológica dos estudos foi examinada usando um sistema de pontuação global.

Comparando altos níveis versus baixos níveis de atividade física, observou-se uma associação inversa entre a atividade física e o risco de câncer renal. Estimativas de risco de estudos de alta qualidade reforçaram a associação inversa entre a atividade física e o risco de câncer renal. A modificação do efeito de adiposidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, tabagismo, sexo ou região geográfica não foi observada.

Esta abrangente meta-análise mostrou que há uma relação inversa entre a prática de atividades físicas e o risco de câncer renal. Futuros estudos de alta qualidade são necessários para discernir que tipo específico, intensidade, frequência e duração dos exercícios físicos são necessários para a redução do risco de câncer renal.

Fonte: news.med.br

sexta-feira, 8 de março de 2013

Mosquitos, incluindo o Aedes aegypti, expostos ao repelente DEET podem ignorar a substância por até três horas após o contato

Nova pesquisa da London School of Hygiene & Tropical Medicine, publicada pelo periódico PLos ONE, mostrou que mosquitos, incluindo o Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela, expostos ao repelente DEET (benzamida) podem apresentar alterações em receptores olfativos, mudanças estas de curto prazo e não genéticas, que os tornam insensíveis a este repelente por até cerca de três horas após a exposição.

Os autores testaram mudanças nas respostas ao DEET em mosquitos Aedes aegypti, que picam durante o dia. Eles verificaram que a exposição de curta duração ao DEET foi suficiente para causar as alterações e verificaram que esta insensibilidade ao cheiro poderia estar correlacionada a uma diminuição na sensibilidade dos receptores de odor existentes nas antenas dos mosquitos.

Segundo os pesquisadores, novas pesquisas são necessárias para determinar quanto tempo o efeito dura, como os mosquitos podem superar o repelente e de que forma isso pode ser combatido. Isso não significa que devemos parar de usar repelentes - pelo contrário, o DEET é um repelente muito bom, e ainda é recomendado para uso em áreas de alto risco.

Fonte: news.med.br

quarta-feira, 6 de março de 2013

Dieta saudável na gravidez: conheça os alimentos que devem ser consumidos e os que devem ser evitados durante a gravidez

O March of Dimes é uma instituição que trabalha para que todagravidez seja bem planejada e bem- sucedida evitando o nascimento prematuro de bebês. Com o objetivo de orientar as futuras mães sobre uma gravidez saudável e os cuidados que devem ser tomados desde o planejamento da gravidez até o nascimento do bebê, o March of Dimes publicou conselhos nutricionais baseados em evidências científicas.


Orientações sobre ganho de peso durante a gestação

  • O ganho excessivo de peso na gravidez não só torna mais difícil perder o excedente após o nascimento, como também aumenta os riscos da mãe desenvolver diabetes gestacional, ter aumentos da pressão sangüínea (o que pode levar à pré-eclampsia), precisar fazer uma cesariana e sofrer infecção pós-parto. Para o bebê, o excesso de ganho de peso da mãe aumenta o risco de defeitos de tubo neural, trauma ao nascimento e morte fetal.
  • Mulheres com peso normal devem ganhar entre 11 e 16 kg durante os 9 meses de gravidez; mulheres acima do peso, de 7 a 11 kg; mulheres abaixo do peso, entre 12 e 18 kg. Uma grávida de gêmeos pode ganhar um pouco mais de peso, sempre com orientação médica.

Como deve ser uma dieta saudável para as grávidas?

A dieta saudável de uma grávida segue os mesmos princípios básicos da dieta de um adulto normal. Ela necessita de apenas mais 300 calorias por dia para nutrir adequadamente o bebê que está carregando, desde que venham de alimentos nutritivos. Então o cardápio deve ter:

  • Grãos integrais - arroz integral, pão integral, macarrão integral, granola ou aveia integral: 6 a 11 porções por dia.
  • Derivados do leite - leite desnatado, iogurte ou queijo: 3 a 4 porções por dia.
  • Proteínas – carne vermelha, frango, peixe, feijão, soja, nozes ou ovos: 3 porções por dia.
  • Vegetais - brócolis, cenoura, vagem, tomate, couve-flor ou beterraba: 3 a 5 porções por dia.
  • Frutas - laranja, banana, pêra, mamão, melão, melancia, uva, manga ou maçã: 2 a 4 porções por dia.

Exemplos do que é uma porção: uma fatia de pão, meia xícara de arroz ou macarrão, uma xícara de cereais, uma xícara de leite ou iogurte, dois cubos de 3 cm de queijo, 55g de carne cozida, frango ou peixe, meia xícara de feijão seco, duas colheres de sopa de manteiga de amendoim, meia xícara de vegetais cozidos ou picados, uma xícara de salada verde, três quartos de xícara de suco de vegetal; uma maçã, banana ou laranja, meia xícara de frutas picadas, três quartos de xícara de suco de fruta.

Alimentos que devem ser evitados durante a gravidez:

  • Peixe cru e moluscos, possível fonte do parasita Toxoplasma que pode causar cegueira e dano cerebral fetal.
  • Peixes predatórios grandes, como peixe-espada, tubarão, cavala e atum branco (fresco ou enlatado), que pode conter níveis arriscados de mercúrio. O Departamento de Alimentos e Drogas diz para limitar o atum (branco) para 200g por semana, mas é aceitável comer até 400g de atum light, camarão, salmão, badejo e bagre.
  • Carne, frango e frutos do mar crus ou mal passados: o ideal é usar um termômetro de carne e cozinhar o porco e a carne moída a 160 graus; bife, vitela e carneiro a 145; frango inteiro a 180 graus e peito de frango a 170 graus.
  • Leite não pasteurizado e queijos pastosos - feta, brie, Camembert, Roquefort, queijo branco e queijo fresco, a não ser que o rótulo diga "feito com leite pasteurizado". Eles podem estar contaminados com a bactéria Listeria, que pode provocar aborto, parto prematuro, bebê natimorto ou doença fatal ao recém-nascido.
  • Salsichas e frios, a não ser que sejam cozidos antes da ingestão, pois podem ter sido contaminados por Listeria depois do processamento.
  • Patês, pastinhas de carne e frutos do mar defumados (a não ser cozidos antes da ingestão). Versões enlatadas são seguras.
  • Ovos mexidos moles e alimentos como molhos feitos de ovos crus ou pouco cozidos. Cozinhe os ovos até que a clara e a gema estejam firmes, para evitar contaminação por Salmonella.
  • Brotos crus, inclusive alfafa, trevo, rabanete e feijão-mungo.
  • Chás de ervas e suplementos, pois sua segurança na gravidez não foi estudada. Alguns, como o remidamim ou grandes quantidades de camomila, podem aumentar o risco de aborto ou de parto prematuro.
  • O álcool pode causar dano fetal, inclusive retardo mental e comportamento anormal. Apesar de um drinque ocasional não impor risco, nenhuma quantidade segura foi estabelecida.
  • Evitar a ingestão de mais de 2 xícaras de café por dia.

O uso de vitaminas antes e durante a gravidez

Mulheres que estejam planejando engravidar e as que já estão grávidas devem fazer uso diário de polivitamínicos que contenham:

  • Entre 0,4 a 0,6 miligramas de ácido fólico, para ajudar a prevenir defeitos de tubo neural no bebê.
  • 18 a 27 miligramas de ferro para prevenir a anemia, que está associada a nascimentos prematuros debebês e baixo peso ao nascer.
  • Os suplementos vitamínicos usados no pré-natal não contêm cálcio suficiente - 1.000 miligramas por dia são necessários para proteger os ossos da mulher grávida e dar ossos e dentes fortes ao bebê. Por isso as grávidas devem ingerir quantidade suficiente de alimentos ricos em cálcio como leite, queijo e folhas verdes ou tomar um suplemento diário de cálcio.

Quantidade de água e atividade física durante a gravidez

Beber bastante água – cerca de 2 litros por dia - e exercitar-se regularmente também é muito importante para uma gravidez saudável e para o bem-estar da mãe e do bebê.

Mulheres grávidas podem caminhar, dançar, nadar e fazer ioga, desde que não haja nenhuma contra-indicação médica para a prática de exercícios físicos.

Atividades de alto risco como mergulho e esqui devem ser evitadas. O ideal é que toda atividade física seja orientada por um profissional de saúde responsável e com prática em acompanhar mulheres gestantes.

Fonte: news.med.br

segunda-feira, 4 de março de 2013

Artigo de revisão: efeitos dos anti-hipertensivos na insuficiência renal crônica, publicado pelo Hypertension Research

O principal objetivo da terapia anti-hipertensiva é a obtenção do controle ideal da pressão arterial. Uma variedade de agentes redutores da pressão arterial (PA) está disponível para uso clínico. Geralmente, uma combinação de dois ou mais medicamentos anti-hipertensivos é necessária a fim de controlar a hipertensão arterial. De fato, o tratamento anti-hipertensivo é individualizado, dependendo da tolerância e das características clínicas de cada paciente.

Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) e os bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRAs) foram, sem dúvida, os medicamentos mais estudados na pesquisa divulgada pelo periódico Hypertension Research. Sua capacidade de induzir a dilatação das arteríolas eferentes em glomérulos renais, resultando em pressão intraglomerular reduzida, e de inibir ações pró-inflamatórias e proliferativas exercidas pela angiotensina II, torna estes medicamentos os mais comumente usados em pacientes com doença renal crônica (DRC), particularmente aqueles pacientes com diabetes, pois essas medicações têm efeitos metabólicos neutros e têm reduzido significativamente a proteinúria. Menos informações estão disponíveis para os efeitos em longo prazo de outros agentes na DRC. Os bloqueadores do canal de cálcio (BCC) mostraram controlar a PA de maneira eficaz, os β-bloqueadores regulam a hiperatividade do sistema nervoso simpático observada na insuficiência renal crônica e os diuréticos controlam a expansão do volume intravascular causada pela retenção de líquidos. Notavelmente, os β-bloqueadores reduzem a sensibilidade à insulina, com exceção de algumas substâncias mais novas, e, portanto, devem ser evitados em pacientes com diabetes ou com intolerância à glicose. Além disso, os bloqueadores de canal de cálcio podem aumentar a proteinúria, a menos que a PA esteja bem controlada, pois dilatam a arteríola aferente e aumentam a pressão intraglomerular. Os estudos clínicos mostraram que, especialmente o diltiazem e o verapamil parecem ter maior papel renoprotetor do que as dihidropiridinas.

Para alcançar os níveis desejados de PA, um IECA ou um BRA pode ser combinado a um diurético tiazídico ou a um diurético de alça, e, se necessário, um BCC ou um β-bloqueador pode ser adicionado. A combinação de IECA com BRA parece reduzir ainda mais a proteinúria na DRC. No entanto, um risco significativo de hipercalemia e insuficiência renal aguda tem sido atribuído a esta combinação. Pesquisas descobriram novas substâncias que podem contribuir para o controle ideal da PA, tais como inibidores da renina, os novos bloqueadores do sistema renina angiotensina (RAS) e inibidores da endotelina-1, que têm efeitos benéficos, quando combinados aos inibidores da ECA.

Fonte: news.med.br

sexta-feira, 1 de março de 2013

Artroplastia total de quadril: mulheres podem estar mais sujeitas a falhas após o procedimento, em artigo publicado pelo periódico JAMA

A importância do papel do sexo em relação à falha do implante após a artroplastia total de quadril (ATQ) é importante para o doente e para a inovação do dispositivo. Para avaliar esta associação foi realizada uma coorte prospectiva de pacientes inscritos em um registro de substituição total da articulação do quadril, de 01 de abril de 2001 até 31 de dezembro de 2010.
A pesquisa foi publicada pelo periódico Journal of the American Medical Association (JAMA) e contou com a participação de 35.140 pacientes submetidos à artroplastia total de quadril (ATQ) primária, eletiva e unilateral. As principais medidas de falha da ATQ foram definidas como processos de revisão devido a:
  1. Qualquer razão.
  2. Razão séptica.
  3. Razão asséptica após o procedimento índice.
As mulheres constituíam 57,5% da amostra do estudo e a média de idade dos pacientes foi de 65,7 anos. A maioria das mulheres recebeu cabeça femoral de 28 milímetros (28,2% vs 13,1%) e superfícies de metal articulando-se com polietileno (60,6% vs 53,7%) comparadas aos homens. A maioria dos homens recebeu cabeça femoral de 36 milímetros ou mais (55,4% vs 32,8%) e superfícies de rolamento de metal com metal (19,4% vs 9,6%). Aos cinco anos de acompanhamento, a sobrevivência do implante foi de 97,4%. A sobrevivência do dispositivo para os homens (97,7%) vs mulheres (97,1%) foi significativamente diferente (P = 0,01). Após ajustes, as razões de falhas para as mulheres foram de 1,29 (IC 95%, 1,11-1,51) para todas as causas de revisão; 1,32 (IC 95%, 1,10-1,58) para a revisão asséptica e 1,17 (IC 95%, 0,81-1,68) para a revisão séptica.
Depois dos ajustes estatísticos necessários, as mulheres tinham um risco 29% maior de falha do implante comparadas aos homens após terem feito a artroplastia total de quadril.

Fonte: http://www.news.med.br

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