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sábado, 29 de janeiro de 2011

Cirurgia por robôs, novidade que estará disponível no Brasil em abril

Um grande hospital de São Paulo importou um sistema de robôs norte-americano para uso em cirurgias. Agora, a equipe que irá operá-lo faz treinamento para colocálo em atividade. Trata-se do primeiro equipamento do gênero a receber, em 2000, a aprovação da Food and Drug Administration (FDA), órgão federal que controla a indústria de alimentos e a de remédios nos Estados Unidos.

O uso da robótica na Medicina começou a ser desenvolvido pelos Estados Unidos na Guerra do Golfo, no início dos anos 1990. Os navios do país eram equipados com verdadeiros hospitais. Mas nem sempre era possível transportar feridos pelo interior do Iraque até uma embarcação para ser operados. Isso levou os cientistas a criar um sistema robótico cirúrgico que pode ser comandado tanto ao lado da mesa de cirurgia quanto até de um país distante. Daquela época até agora, a invenção sofreu enorme aperfeiçoamento. O equipamento importado pelo hospital é a versão mais nova.

O equipamento tem duas partes. A primeira é uma unidade composta de quatro braços robotizados, sendo três destinados à cirurgia e o quarto encarregado de transmitir a imagem do local da cirurgia à equipe médica. Já a segunda unidade se compõe de uma espécie de cabine onde fica o cirurgião, que controla todos os movimentos dos braços robóticos e faz a cirurgia. O robô não toma nenhuma decisão de ato operatório que não seja comandada pelo médico.

Há basicamente dois tipos de cirurgia: as tradicionais, pelas quais se abre a região onde se vai intervir, e as minimamente invasivas, como a videolaparoscopia, na qual o instrumental cirúrgico é posto no interior do corpo do paciente por intermédio de quatro a cinco pequenas incisões. O equipamento robótico se destina a esse último tipo. Mas os robôs agregam uma grande evolução à videolaparoscopia. Primeiro, porque ela é feita basicamente com imagem bidimensional, ou seja, só com altura e largura, ao passo que a robótica usa imagem em terceira dimensão, com altura, largura e profundidade. Depois, as pinças da videolaparoscopia básica só "fazem gestos" de descida e subida, enquanto os "micropunhos" do robô realizam grande parte dos gestos humanos.

Algumas vantagens do sistema em relação ao cirurgião são: os robôs "trabalham" em aberturas cirúrgicas bem menores do que aquelas das quais a mão humana necessita; máquinas não têm fadiga nem tremor e manipulam instrumentos cirúrgicos menores e mais delicados com maior precisão; robôs podem realizar tarefas de risco para o cirurgião, como operar portadores de moléstias infecciosas; e, finalmente, robôs podem ser controlados a qualquer distância. Para o paciente, de outro lado, os benefícios são óbvios. Pequenas incisões significam menor dor, menos sangramento, menor trauma cirúrgico e recuperação mais rápida.

As cirurgias com robôs estão apenas no início, mas as possibilidades são ilimitadas. Em ginecologia, na cirurgia de endometriose pélvica, em que há risco de lesão de nervos e intestinos, seu uso já é uma realidade, conferindo mais segurança do que a videolaparoscopia habitual. Mas eles vão se tornar fundamentais também - pela visão do campo cirúrgico em terceira dimensão e pela precisão de corte em regiões delicadas quanto a nervos e vasos sanguíneos - nas cirurgia torácicas, pediátricas, cardíacas e outras.

Rubens Paulo Gonçalves Filho (38) é médico assistente da Disciplina de Genética e Reprodução Humana da Faculdade de Medicina do ABC e ginecologista e obstetra dos Hospitais Albert Einstein e São Luiz, na capital paulista. Site : www.gestar.med.br

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