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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Estudos mostram como a vitamina D3 ajuda a depurar o amiloide na doença de Alzheimer

Uma equipe de pesquisadores descobriu os mecanismos intracelulares regulados pela vitamina D3, que podem ajudar a depurar o beta-amiloide cerebral, que é a marca da doença de Alzheimer. 

 “Este novo estudo ajudou a esclarecer os principais mecanismos envolvidos, que nos ajudarão a entender melhor a utilidade da vitamina D3 e da curcumina como possíveis terapêuticas para a doença de Alzheimer”, observa o Dr. Milan Fiala, da Escola Médica David Geffen da Universidade da Califórnia em Los Angeles, em uma declaração escrita. 

O estudo também apoia as evidências de que níveis adequados de vitamina D “podem ser um fator essencial na prevenção da doença de Alzheimer”, dizem os pesquisadores. Seu trabalho foi publicado em março no periódico Journal of Alzheimer's Disease.

“As implicações clínicas”, disse o Dr. Fiala ao Medscape Medical News, “são que a vitamina D3 protege o cérebro através do sistema imunológico e que os níveis séricos recomendados de 25-hidroxi-vitamina D3 devem ser mantidos em todas as estações, incluindo o inverno, quando o sol não ajuda a produzir vitamina D na pele.” 

Ele disse que os ensaios clínicos para avaliar o potencial terapêutico da vitamina D3 estão “em curso ou planejados.” 

Revertendo macrófagos na doença de Alzheimer 

A depuração cerebral do beta-amiloide 1-42 (Aβ-42) por macrófagos do sistema imunológico inato é necessária para a manutenção da função cerebral normal. Este processo de fagocitose é deficiente em pacientes com Alzheimer. 

Em estudos prévios em laboratório, o Dr. Fiala e colaboradores identificaram 2 tipos de macrófagos em pacientes com a doença de Alzheimer, os macrófagos tipo I e tipo II. Eles descobriram que a função dos macrófagos tipo I pode ser melhorada pela adição de vitamina D3 e de curcuminoides, uma forma sintética da curcumina, um produto químico encontrado no tempero açafrão. Os macrófagos do tipo II, por outro lado, são melhorados apenas com a adição da vitamina D3. No entanto, o exato mecanismo destes efeitos permanecia obscuro, até agora.  

Macrófagos de pacientes com doença de Alzheimer sem (Figura 1) e com (Figura 2) vitamina D3. Os macrófagos na Figura 2 mostram fagocitose e absorção muito aumentadas de beta-amiloide. (Fonte: UCLA) 

Em seus estudos laboratoriais mais recentes, a equipe isolou macrófagos de amostras de sangue de pacientes com Alzheimer e controles saudáveis. Eles incubaram as células com o beta-amiloide, alguns na presença de vitamina D3 e/ou curcuminoides. 

Os pesquisadores observaram que a vitamina D3 ativa um canal de cloreto específico, o CLC-3, que é importante na depuração do beta-amiloide 1-42 tanto nos macrófagos do tipo I quanto do tipo II. Os curcuminoides só ativaram este canal de cloro fracamente e apenas nos macrófagos tipo I. 

A vitamina D3 também ajuda a desencadear a transcrição genética do canal de cloreto e do receptor de vitamina D3 em macrófagos do tipo II. A fagocitose do beta-amiloide 1-42 mediada pela vitamina D3 em macrófagos do tipo II nos pacientes com Alzheimer é dependente de cálcio e da sinalização pela via da proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK), eles relatam. 

Conclui-se deste trabalho que a vitamina D3 pode “sintonizar novamente os macrófagos de pacientes com doença de Alzheimer a fagocitarem de forma eficiente o beta-amiloide 1-42 solúvel, regulando a função tanto das proteínas extranucleares (ou seja, sinalização não genômica) quanto a expressão gênica (sinalização genômica),” relataram o Dr. Fiala e seus colaboradores. 

Juntamente com os trabalhos de outros pesquisadores, parece que as formas ativas de vitamina D “atenuam os efeitos deletérios do beta-amiloide 1-42 na sinalização celular em neurônios corticais e células do sistema imunológico inato.” Estes resultados amparam a “recente hipótese de que níveis adequados de vitamina D podem ser um fator essencial na prevenção da doença de Alzheimer”, dizem os pesquisadores. 

Estudo “esclarecedor” 
Solicitado a comentar o estudo, David Llewellyn J., PhD, da Escola Médica da Universidade da Península de Exeter, no Reino Unido, disse: “Este estudo esclarecedor reforça a crescente evidência de que a vitamina D pode desempenhar um importante papel neuroprotetor no cérebro humano.” 

Como relatado pelo Medscape Medical News, o Dr. Llewellyn e colaboradores publicaram recentemente evidências da Terceira Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (NHANES III) de que a deficiência de vitamina D está associada a um risco aumentado de perda cognitiva entre americanos idosos. A suplementação nutricional com vitamina D3 também se mostrou protetora contra o declínio cognitivo em idosos.

“Em conjunto”, ele disse, “estas evidências convergentes fornecem argumentos para ensaios de intervenção com o objetivo de prevenir ou tratar a demência.” Ele advertiu, no entanto, que ensaios randomizados e controlados que são desenhados para examinar outros desfechos, tais como doença cardiovascular “podem não fornecer respostas confiáveis.” 

“De fato, é necessária uma abordagem mais ponderada para garantir que uma dose apropriada de vitamina D seja dada a adultos idosos que tenham deficiência de vitamina D e também estejam sob risco de sofrer declínio cognitivo durante um período de acompanhamento que seja relevante para a história natural da demência,” disse o Dr. Llewellyn. 

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